AOS QUE AMEAÇAM...

A repressão contra os defensores de uma política séria, honesta, sem corruptos e corrompidos se baseia sobretudo na psicologia. As ameaças são uma moeda comum para fazer com que os defensores desta política se sintam vulneráveis, ansiosos, confusos e impotentes. Em última instância, a repressão também pretende quebrar as organizações e fazer com que os defensores políticos percam a confiança. Por isto os defensores devem ter muito cuidado para conseguir lidar com as ameaças ao mesmo tempo em que tentam manter uma adequada sensação de segurança no seu dia-dia.
As ameaças é vista como “a possibilidade de que alguém cause dano à integridade física ou moral ou à propriedade de outra pessoa através de uma ação intencionada e geralmente violenta”.

Uma ameaça declarada é uma declaração ou o indício de uma intenção de infligir dano, castigar ou ferir, normalmente com a intenção de alcançar um objetivo. Os defensores políticos recebem ameaças devido ao impacto que tem seus comentários, e a maioria das ameaças têm como objetivo ou paralisar o que estejam fazendo o defensor político ou ainda forçá-lo a que faça alguma coisa.
Uma ameaça sempre tem uma origem, quer dizer, a pessoa ou grupo que foi afetado pelo comentário do defensor político e que articula a ameaça. A ameaça também tem um objetivo que está vinculado ao impacto do comentário do defensor, e uma forma de expressão, isto é, como ela chega ao defensor político.

As ameaças são complicadas. Poderíamos afirmar com certa ironia que as ameaças são «ecológicas», porque pretendem obter o maior resultado com a menor energia. Uma pessoa que ameaça decide ameaçar antes de entrar em ação, o que eu particularmente acho desnecessário, pois quem me conhece sabe que não precisa ameçar, é só chegar junto e dispor de um maior uso de energia. Por quê? Existem várias razões, e vale a pena enumerá-las:

A pessoa que ameaça tem a capacidade de atuar, mas o preocupa em certo modo a reação do ameaçado, o custo que esta causa efeito lhe proporcionará. De duas a uma: se o ameaçado for do tipo "PAZ E AMOR", simplesmente o que ameaça responderá judicialmente, agora, se o ameçado for do tipo que "QUALQUER MÚSICA LHE DIVERTE", aí sugiro que...

As ameaças anônimas podem ser feitas pela mesma razão.
A pessoa que ameaça tem uma capacidade limitada de atuação e pretende lograr o mesmo objetivo, escondendo sua falta de capacidade atrás de uma ameaça. Esta capacidade limitada poderia ser somente temporal devido a outras prioridades, ou permanente, mas em ambos os casos, a situação poderia mudar e levar mais adiante a pessoa a realizar uma ação direta contra o defensor político.

Uma ameaça é uma experiência pessoal, e sempre produz um efeito. Em outras palavras, as ameaças sempre afetam as pessoas de uma maneira ou outra. Numa ocasião, um defensor político afirmou que “as ameaças conseguem exercer algum efeito, inclusive o simples fato de que estamos falando a verdade, e a verdade sempre dói”. De fato, qualquer ameaça pode causar um impacto duplo: tanto para quem ameaça, tanto para o ameaçado.

Sabemos que a ameaça está com freqüência relacionada com o impacto dos comentários que o defensor político faz. Portanto, a ameaça representa um indicador de como os comentários estão afetando a outra pessoa. Vista sob esta perspectiva, uma ameaça representa uma fonte de informação muito valiosa, e deveria ser analisada cuidadosamente.

Então, aos que me ameçam obrigado, vocês são os meus termômetros, pois sei que os objetivos estão sendo atingidos.

E agora só lhe resta saber se eu sou do tipo: "PAZ E AMOR" ou "QUALQUER MÚSICA ME DIVERTE".

Boa Sorte e uma Boa Escolha.