Por Nerval Pedro Pires da Silva
Numa das minhas crônicas anteriores, comentei a respeito de uma certa visita à Munira prefeita, por um tal de Nelson Justos, juntamente com o Kléber no gabinete da própria às portas fechadas.
Ali, descrito por alguns que afirmam peremptoriamente ter ocorrido o tal encontro – fora selado o acordo branco, que pelas suas peculariedades mais parece um acordo negro, dadas às características ardilosas que o envolveu, e que certamente transcende o imaginável.
Todavia, hoje, diante da pantomima em volta dos bastidores, em face da insofismável impraticabilidade da candidatura moribunda do Krébis, que nem com reza brava e nem com todas as mandingas do mundo o salvará do vexaminoso último lugar – sôfregos e desesperados, lançam mãos da opção última que trata da união entre a criadora e criatura para poder desbancar a subida vertiginosa daquele que seria o último a aceitarem a ascender ao pódio.
Então, diante desse quadro eleitoral, já praticamente definido em favor do Canduca – nesse submundo onde se encontram os barões famintos, se engendra uma saída honrosa, mas, todavia, eivadas de tenebrosas transações. Agora com a entrada em cena do joalheiro Rosemam, enviado lá de cima com a precípua incumbência de traçar os destinos de Antonina para os próximos dois quadriênios e, concomitantemente acalmar e acomodar seus napoleões vencidos. São ilações? Deixo a vocês as conclusões.
Embutido nesse acordo, a rainha dos pobres passaria se eleita fosse, a fazer vistas grossas ao mar de lama deixado pelo fanfarrão-criatura e seus pigmeus do bulevar, e em contrapartida, receberia de mãos beijadas o espólio dessa sinecura de partido que na ditadura militar fora a trincheira de resistência do povo brasileiro, chamado PMDB, que eu tive a honra de ser o seu fundador e primeiro presidente, mas, que hoje trocado por bosta é caro!
Essa previsão se torna ainda mais clara, quando o fanfarão é visto pela noite adentro em companhia de sua criaturazinha – o Zé Luiz, saindo pelas portas dos fundos da prefeitura e se encaminharem à Praça Feira-Mar afora em colóquios sigilosos.
É isso que Antonina merece? Esses bobalhões pensando que enganarão sempre o seu povo? Forasteiro que só por aqui aparece em tempo de eleições, traçando os destinos da cidade como se a cidade fosse propriedade sua? Já não está na hora de expulsar esses cretinos daqui e dizermos em alto e bom som, com o dedo em riste – ô caras, xô já daqui – esta cidade é nossa, somos nós que traçaremos seu futuro daqui para frente.
Assim, nessas más traçadas linhas, tento com as melhores das intenções reproduzir aqui um pouquinho do que se passa dentro dos fétidos bastidores dessa imunda politicalha antoninense que vige por aqui até os nossos tempos de hoje, mas que felizmente a partir de 5 de outubro, novos ventos hão de soprar varrendo daqui todos esses estrumes que posam para o povo mais humilde como salvadores da pátria.
Nerval é escritor e comentarista.
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