sexta-feira, outubro 31

EU COMENTO - 5ª EDIÇÃO





“Eu Comento”

Estou acompanhando atentamente desde o princípio, esta discussão toda, gerada aqui neste Blog bisbilhoteiro, envolvendo os Terminais Portuários antoninenses - depois da divulgação da multa imposta a estes pela Justiça do Trabalho em Paranaguá e, concomitantemente, os que envolvem os três Sindicatos da orla marítima local, especialmente os estivadores.
De todos os comentários postados no rodapé da notícia, uma parcela muito grande deles deixa exposta todas às idiossincrasias acumuladas durante esse tempo todo, pela ação de comportamento deliberada dos estivadores e de seus líderes sindicais.
Todavia, o que mais me chamou atenção foi o comentário explícito do Jefinho, que ensejou do Bacucu com Farinha um destaque todo especial em primeira página de notícias, pondo à luz do conhecimento, toda a história contemporânea do sindicalismo brasileiro, mais especificamente dos estivadores, desde a era getulista, quando foi criado, estendendo-se pela ditadura militar até os nossos dias de hoje.

Fora indubitavelmente uma aula repleta de nuances de lado a lado, muito bem ministrado por este experiente geólogo antoninense em campo de atuação em longínquas plagas, precisamente em Goiás, a serviço da estatal Vale do Rio Doce – se não estou enganado.
Ao escancarar as portas do mundo e do submundo sindical, mostrando as suas transformações de um estado de regime para outros, sinto-me de alma lavada por ter o Jefinho dito o que vivenciei desde 62, quando pertencia o sindicato dos Bancários, fazendo parte como delegado do Fórum Sindical de Debates do Litoral Paranaense, em Paranaguá, e que, por receio de ferir melindres atuais, preferi não comentar pelo menos por enquanto.

Ao escancarar as portas do mundo e do submundo sindical, mostrando as suas transformações de um estado de regime para outros, sinto-me de alma lavada por ter o Jefinho dito o que vivenciei desde 62, quando pertencia o sindicato dos Bancários, fazendo parte como delegado do Fórum Sindical de Debates do Litoral Paranaense, em Paranaguá, e que, por receio de ferir melindres atuais, preferi não comentar pelo menos por enquanto.

O peleguismo sindical vige desde o regime militar que o implantou, e daí se perpetuou até os dias atuais - o uso do cachimbo deixa a boca torta. As vantagens auferidas pelos seus dirigentes são tão compensadoras que esqueceram eles da reforma sindical tão exigida para fazer face aos tempos atuais. Sem essa reforma, o sindicalismo foi perdendo vigor e agigantando-se as forças dentro governo contrário ao sindicalismo de resultado e deu no que deu – os OGMOS estão aí para quem quiser ver. Para se mudar esse status quo vigente desde 64, é preciso primeiro mudar a estrutura sindical - sem isso o sindicalismo tende a desaparecer por completo, que dará lugar a compra de mão de obra diretamente no balcão da empresa que o contrata.

O que se vê nos sindicatos de Antonina, não foge a regra aos demais em atividades nos portos brasileiros - atrelados que estão a uma lei esdrúxula, que contempla o voto dos aposentados, e que os atuais dirigentes não fazem nada para revogá-la, salvo raríssima exceção. A mudança de estrutura no sindicalismo brasileiro, começa por aí se estendendo as outras prementes necessidades que não vem o caso agora.

Acho que o sindicalismo que envolve a faixa marítima está com os seus dias contados, mais por força da teimosia de seus dirigentes que insiste em contemplar seus umbigos, ao invés de adequá-los aos tempos modernos – pois tudo mudou e tudo evoluiu, só eles é que não perceberam.

(Nerval Pedro é escritor e comentarista)

5 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  2. Nerval, Neuto!
    bom, eu nào trabalho pra Vale, só se eles aumentarem o salario..rsrsrs
    obrigado pelo espaço dispensado, em primeiro lugar. Nào sou especialista na questao sindical, mas semre procuro acompanhar o sindicalismo brasileiro e o antoniense em particular...
    se vc pegar os jornais antigos, antonina era um centro de grande efervescencia sindical.
    mas é importante saber que o modelo portuário está mudando, nossas lideranças precisam saber atuar bem nesses novos tempos.
    o porto sempre foi moeda politica pra acomodar nossos dirigentes...
    Gostei dos comentarios do "estivador atento", é bom saber que tem gente que está lá e tem uma postura critica...isso é um ganho imenso neste processo.
    um abraço e parabens por toda a "barulheira" que vcs estao fazendo aí na nossa querida capela...

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  3. Neuton.
    Urge o Bacucu abrir um espaço, de preferencia semanal, ao Jeffe Picanço. Por favor convide-o não desperdicemos tamanha competência, voce marcou um golaço com a vinda do Nerval Pedro.
    Mauricio Scarante

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  4. Mauricio meu nobre...

    O convite ao Jeff já foi feio, aguardaremos o seu pronunciamento.


    Um abraço.

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  5. nenhum sindicato da orla marítima do brasil inteiro quer uma reforma sindical, e se houver a tal reforma já estão se agilizando, através das federações dos portuários(FNP), dos conferentes, arrumadores, vigias, consertadores e bloco(FENCCOVIB) e dos estivadores(FNE), há muito tempo para que os sindicatos dos trabalhadores portuários avulsos fiquem de fora dela! simplesmente por que a reforma sindical prega o plurarismo sindical, algo que é severamente combatido por todos os TPA's do brasil e do mundo, pois todos são, sem excessão, a favor da unicidade sindical. nenhum TPA quer o plurarismo pois com ele pode haver mais de um sindicato de uma mesma classe em uma mesma base territorial, e isso seria uma arma nas mãos do SINDOP( sindicato dos operadores portuários), que barganharia preços e taxas com vários sindicatos de trabalhadores e assim enfraquecendo-os. não precisamos de reforma sindical, ela que se aplique aos metalúrgicos, bancários, e outros mas não à nós TPA's, precisamos é de novas lideranças com idéias pra frente e com visão a longo prazo, para não sermos esmagados por leis e decretos, e para lutar por nossas garantias que estão asseguradas na constituição e na convenção 137 da oit e que não estão sendo cumpridas! UNICIDADE SINDICAL aos TPA'S!

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