O AMOR
Você ama aquele cafajeste?
Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca sua nuca... ah!!!... você derrete feito manteiga. Ele anda com a turma do litro, adora dormir ao relento ao vento, não sabe escrever poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim.
Seus cabelos nasceram para serem sacudidos num comercial de xampu e seus corpos tem todas as curvas nos lugares. Independentes, livres, sem dar satisfação, não temos um bom saldo no banco é verdade. Mas gostamos de viajar, de música, temos loucuras por computador e seu fettuccine ao pesto é imbativel. Nós temos bom humor, não pegamos no pé de ninguém e adoramos sexos como qualquer um.
Com um currículo desses, criaturas, por que diabo estão sozinhas sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente e cheiroso = nós dois apaixonados.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó.
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é...
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