OS VIGARISTAS DE (MENTES).
"Há só duas coisas que me incutem respeito: o céu estrelado sobre mim, e a consciência moral dentro de mim". Kant
Sem ter uma visão positiva do poder, vamos continuar a conviver com "super-homens", que, supondo a existência de gavetas no leito de repouso final, passam a vida acumulando "poderes" e com eles ditando ordens e afetando vidas sem nenhum critério e justiça, exceto aqueles ditados pelas sua próprias vaidades e egoísmos.
Esta postura foi a que certamente levou um dia o poeta português Álvaro de Campos - pseudônimo de Fernando Pessoa - a escrever seu "Poema em Linha Reta", do qual, usando e abusando da liberdade poética, faço aqui um resumo:
"Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, nunca foi
processado injustamente, nunca tomou um porre ou "jamais" fumou maconha.
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida.
Quem me derá ouvir de alguém a voz humana...
Arre, estou farto de semi-deuses!
Onde é que há gente no mundo?
Em Antonina? Não. Cá só tem príncipes."
Por isso houve uma mudança de paradigma político de Antonina, a população cansou dos príncipes, dos senhores feudais que ainda praticam a política da ameaça velada, dos apócrifos e das cartas anônimas que jogaram na lama da iniqüidade, da torpeza e da falácia gratuita, tantos cidadãos antoninenses levando debalde às suas respectivas famílias. Homens que abrem a Caixa de Pandorra, homens desalmados, e que, quando por pura relativização, mais corretamente, uns apedeutas, pois, nunca estudaram literatura, para saber a diferença entre denotação e conotação, resumindo não sabem interpretar textos, e acusam cidadãos de bem, como seus adeptos e percursores das suas práticas e métodos espúrios de destruírem a moral de pessoas de bem de Antonina.
Enganaram-se senhores, não sou nenhum vestal da moral antoninense, como os senhores. Respeito os diferentes, nas suas ações e atitudes, pois como eles; tenho as minhas virtudes e vícios, meus defeitos e minhas qualidades.
Existem algumas coisas que lhes falta, mas que eu as tenho para o meu livre exercício de cidadania - a autocrítica e a aceitação das idéias dos outros. Esses dois elementos são essenciais para se exercer bem a cidadania e a convivência em sociedade.
Com a tentação de se corromper no poder, de prevalecer às idéias pessoais e do fechamento em torno de si, toda pessoa que desempenha esse papel que os senhores se prestam, é levada, a anular a capacidade de autocrítica e de aceitação e ou de compreensão das idéias diferentes, mas de tudo sendo um caso pensado. Tudo me leva a crer que os senhores as praticam, por quererem retirar a credibilidade de veículos de comunicação de Antonina, e acabar com o controle social por eles desempenhados, para tornar os seus incertos futuros caminhos dentro de uma gestão pública, sem o controle; sem a fiscalização e sem a transparência exigida de agora em diante pela sociedade antoninense. Do contrário o oposto também é verdadeiro. Isso acontece porque, como bem observou Freud, o ser humano possui duas capacidades ou energias que se opõem - a força do Eros, geradora de vida; e a força do Thanatos, que inspira morte. Numa linguagem latino-americana, foi o teólogo Leonardo Boff, que identificou essas energias como a capacidade simbólica e diabólica do ser humano, sem essa compreensão da realidade, diversas patologias psíquicas são adquiridas: bi-polaridade, depressão, manias de perseguição/superioridade/
inferioridade, impotência sexual...
Diante da transitoriedade da vida - já que mesmo os ditos "poderosos de plantão" - ou os que de tudo sabem, e de nada se comprova - de Antonina estão aqui de passagem e não há poder na Terra que mude isso - de que vale a estressante, desleal e ferrenha luta que alguns travam pelo poder? Que dividendos issi vai render para os mesmos no final do jogo?
Não foi à toa que um dia Einstein disse: - "Eu só conheço duas coisas infinitas: o Universo e a ignorância humana. No entanto, ainda tenho dúvidas se o Universo é infinito".
Não sei exatamente a que(ou a quem) ele se referia na ocasião, mas sua afirmação faz muito sentido quando pensamos no exagerado apego que certas "pessoas" têm ao poder. Sempre achei que, dentre as inúmeras manifestações de ignorância do Homem, o apego ao poder é uma das mais representativas - porque, em última instância, é dele que advém a violência, a corrupção, a arrogância, as ditaduras e, por fim, os conflitos e as guerras. Que o poder corrompe, isso ninguém dúvida.
O que me causa espécie é perceber que os que usam o poder de forma indevida, não atinam para o enorme bem que poderiam fazer com esse mesmo poder. Afinal, o mesmo poder que aprisiona, é o mesmo que pode libertar. O mesmo poder que proíbe, é o mesmo que pode permitir. O mesmo poder que agride, é o mesmo que afaga. O mesmo poder que insulta e falta com o respeito ao próximo, é o mesmo que pode elogiar e dignificar o outro. Enfim, o mesmo poder que provoca lágrimas e tristezas, é o mesmo poder que tem a capacidade de gerar sorrisos e felicidade.
Tudo é só uma questão de escolha pessoal, mas os vigaristas de mente não compreendem.
Depois desse arrazoado, advirto aos vadios línguas ferinas que; acusou vão ter que provar, pois todas as minhas matérias e artigos postados em quaisquer veículo de comunicação são por mim assinados Não é do meu feitio fazer ameaças, fazer maquinações - tão peculiar aos senhores -, pois não tenho a mente doentia. Os que me conhecem sabem que, ao contrário, sou de ação, sou determinado e sei o que quero. E, releva notar, só sei agir com retidão, pois tenho uma formação moral sedimentada e definitiva, e não foi essa cultura que recebi dos meus pais, nem a que dei para a minhas filhas.
Vou reiterar, para que aos apedeutas não restem dúvidas, que não sou homem de fazer ameaças. Não é do meu feitio arquitetar projeto de vingança. Mas que não se enganem: eu não nasci para ser mais um. Eu tenho, sim, uma personalidade forte, mas não sou irresponsável.
É preciso consignar, de uma vez por todas, que não trago mágoa ou ódio no meu coração. O ódio, a mágoa, o rancor são sentimentos deletérios que impregnam a alma e podem até destruir uma vida. Eu não tenho propensão para o autoflagelo. Eu não sou camicase. Eu não sou suícida. Eu tenho uma vida pela frente e um caminho definido. Enganam-se os que pensam, que vivo em função de promoção e de vingança. Só pensa assim quem não me conhece ou me conhece superficialmente.
Quem já ouviu esse ditado: "Quem fala demais dá bom dia ao cavalo". Isso, apedeutas, quer dizer o seguinte: a pessoa que fala demais, chega a um ponto que não sabe o que diz, se excede em algumas palavras mal dadas e acaba assemelhando-se a um burro ou a um eqüino, em conseqüência disso; vai ser obrigado a conversar com o seu semelhante, ou seja, dar bom dia ao cavalo.
Rezo e torço para que a compreensão mútua e o respeito entre todos os antoninenses seja mantida e se torne mais profunda; que encontremos formas ainda melhores de cooperação para o bem de todos.
Fortunato Machado Filho
Bacharel em Filosofia
Neutinho
ResponderExcluirO meu amigo Natinho, quando deseja consegue ter muita clarividencia nos seus comentarios, concluo que o homem tem a sabedoria dentro de sua mente, basta ele querer