terça-feira, janeiro 20

OLHO VIVO...

Sob condição 1

O empresário Roberto Demeterco (ex-Mercadorama) é o líder de um dos dois grupos empresariais interessados na compra do terminal portuário privado da Ponta do Félix, em Antonina, colocado à venda pelos fundos de pensão que administram o porto da cidade. Sócio da Standard Logística, Demeterco já fez sua proposta de compra, rondando a casa dos R$ 100 milhões. O outro grupo seria a Equiplan, também paranaense.

Sob condição 2

O sócio controlador do Ponta do Félix é o poderoso Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. Os outros fundos, minoritários, são os da Copel e da Sanepar, que já manifestaram concordância em alienar suas participações. Constituídos por servidores de duas empresas controladas pelo governo do estado, esses fundos ficaram igualmente insatisfeitos com a maneira como a administração estadual trata o Porto de Antonina – responsável pela baixa rentabilidade do investimento que fizeram.

Sob condição 3


O negócio com uma dessas duas empresas – ou com uma terceira, não identificada pelas fontes – tem prazo legal para ser fechado: 3 de fevereiro. Teme-se, no entanto, que novas dificuldades sejam impostas pelo governo – assim como ocorreu no ano passado quando o então superintendente da Appa, Eduardo Requião, praticamente impediu a venda para um grupo canadense de fertilizantes. Agora, segundo se informa, é o próprio governador Roberto Requião que teria imposto a condição de ser ouvido antes de qualquer decisão.

Sob condição 4

A venda do terminal vem sendo há tempos encarada pela comunidade de Antonina como a salvação para o futuro da cidade. Desde que o Previ e seus sócios decidiram vendê-lo, estranhamente o governo baixou sobre o porto várias medidas que o inviabilizaram economicamente. Atualmente, o movimento médio é de apenas um pequeno navio por mês, já que foram proibidas as operações com cargas tradicionais, como madeira, papel e minérios. Seiscentos trabalhadores foram demitidos; a economia da cidade parou. Há sinais, no entanto, de que, se a compra se der por uma empresa do “agrado” do governo, todas os obstáculos seriam removidos.
(Colaboração: Carlos Martins)

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