quinta-feira, abril 2

PROBLEMAS DE HEMORRÓIDAS...

- Doutor, estou sofrendo demais com estas constantes crises de hemorróidas.
Fico privado das melhores iguarias da comida baiana, que adoro. Qualquer dose de whisky, vodka me faz mal. Nem zorrinho com a turma do litro posso tomar. Estou desesperado.

Após o exame do médico:
- Seu caso realmente é bem grave. Não há nenhuma esperança de resolvê-lo com medicação. Só uma cirurgia de transplante resolveria em definitivo. O senhor estaria disposto a tentar? Existem 99% de chance de cura total.

- Faço qualquer coisa, doutor. Podemos fazer hoje mesmo?
- Hoje não. O transplante necessita de um doador jovem, pois de nada adiantaria o senhor receber um orgão já cansado e sujeito ao aparecimento das hemorróidas. Além disto, o doador não pode ser uma pessoa viva, por motivos óbvios. Mas não se preocupe. Trabalho em um hospital onde eventualmente falecem jovens vítimas de acidentes e assim que eu encontrar um ânus em condições marco o transplante.

Alguns dias depois, nosso amigo foi chamado pelo médico e submetido ao transplante. Três meses depois, após um exame de controle de transplante:
- Acho que posso lhe dar alta. O resultado me parece magnífico. O senhor está satisfeito?
- Ah doutor, que maravilha! A vida agora tem significado para mim. Tenho comido em restaurantes baianos quase todos os dias, muito vatapá, muita pimenta, muita cachaça, tenho mesmo abusado da cachaça, tem muita gente falando da minha cachaçada, chegam a me levar arrastado pra casa. Nunca mais tive qualquer problema de hemorróidas. O rabo esta novinho. Beleza pura!
- Mas, hummm, o senhor não está estranhando nada? Esta tudo 100% mesmo?
- Bem, tem uma coisinha acontecendo, nem sei se vale a pena comentar.
- Fale.
- Bem, é que de vez em quando me da uma agonia, uma coceirinha estranha, uma vontade de dar...
- Eu tinha medo disto. Não quiz lhe dizer antes, mas depois que fiz o transplante, soube que o rapaz que morreu naquele acidente e de quem aproveitamos o ânus era gay. Não pensei contudo que o fato iria ter qualquer influência.
Mas diga-me uma coisa. O que o senhor faz quando acontece essa coisa estranha?

- Ora doutor, já que o rabo não é meu mesmo, eu dou, né?

9 comentários:

  1. cria geito, bacucu, olha o 'desvio de personalidade' de nossos jovens.... tem gente preocupada com isso... até jogaram a televisão no lixo... Novela, só como antigamente: escutando pelo rádio... bacana, não é?

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  2. Eta, hemorroidium novamente, taí em cima, quem não conhece essa faceta? Ô Neuton se liga! Professora Márcia, não liga, é esse doente que está novamente ai tentando desta vez desmoralizá-la, como já o fez em dois comentários em baixo do seu. Eu acho que aquela piada do médico e o paciente narrada lá em cima tem alguma coisa de verdade, será que ao fazer a cirurgia no c... dele o médico não transplantou um de uma bicha, por que ele só pensa e só fala do Neuton, do Leôncio, do Nerval e do Maurícío? Tem alguma coisa aí...

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  3. Rsss

    Tô fora, besouro é cara que ficava de sentinela no acantamento da raposa no escoteiro.

    hehehe

    Fuiii

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  4. A professora Márcia está 'adorando' a linguagem pura, escorreita e edificante do seu ardoroso defensor...

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  5. Sr. Neuton
    A mídia está presente de forma muito tangível no nosso cotidiano, assumindo um “papel pedagógico” importante, influenciando na constituição dos sujeitos, somos fortemente subjetivados por ela. A produção de sujeitos já não se dá somente na família e na escola, mas principalmente através dos espaços culturais que as crianças e os jovens freqüentam.
    A sociedade como um todo e a escola e os professores, de modo particular, devem compreender esse espaço cultural, apropriar-se criticamente dele para poder intervir. Como não há receptor passivo, a escola tem um papel importantíssimo, talvez numa dimensão maior ainda do que a família, de criar “(...) espaços em que crianças e adolescentes possam encontrar referência suficiente para aprender a organizar, selecionar e hierarquizar o imenso volume de informações, dados, imagens, sons e opiniões que recebem todos os dias.
    É importante redefinir a prática pedagógica escolar, incentivando uma leitura mais crítica da mídia, passando do senso comum e da opinião pública ao pensamento científico, oportunizando condições para que nossos alunos saibam selecionar as informações. E, essa também é a sua responsabilidade Sr. Neuton.

    E.T quando aos anônimos que fazem galhofas, sobre determinados assuntos, os acho de uma pobreza de espiríto infinda, homens apedeutas, de um verniz opaco: usam critérios subjetivos, esses anônimos? Podem sofrer de uma deficiência cognitiva em vista que suas individualidades sofrem de um processo degenerativo de personalidade, são sujeitos improdutivos para a sociedade. Mas, a democracia está aí, para que todos expressem as sua opiniões, até os anônimos, e o meu trabalho como educadora é esse; desvelar para os meus alunos e jovens, o melhor caminho para um pensamento auto-crítico.

    Obrigado, por mais essa oportunidade de expressar os meus pensamentos, desculpe-me os seus leitores pelos meus extensos.

    Professora Márcia de Abreu

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  6. Professora Marcia

    Fique a vontade para os seus esclarecimentos.

    Valeu!!! Obrigado pela participação.

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  7. Carissima Professora,

    Tenha certeza de que a leitura deste blog sempre haverá de proporcionar um ótimo ensejo para que seus alunos exercitem o senso de auto-crítica.
    Saberão separar o joio do trigo, tanto quanto, Vossa Senhoria os ensina a separar o joio do trigo em tudo o que é despejado cmpulsoriamente dentro dos lares pelos demais aparelhos eletrônicos.

    Permita-me respeitosamente discordar de sua expressão quanto aos que escrevem no anonimato, pois são pessoas que estariam egoisticamente melhor se fossem alienadas, cuidando unicamente de seus afazeres pessoais, . Justamente porque se vêm na angústia de fazer alguma coisa ante o descalabro e completo amoralismo da política brasileira é que se manifestam. Nesse ponto, estão se esforçando por desenvolver a mesma atividade pedagógica que Vossa Senhoria desempenha, só que, em diferentes assuntos sociais.

    Se são anônimos é porque as circunstâncias são desfavoráveis. Quando for possível falar sem vinganças e retaliações de pessoas que adotam a imoralidade e a rapina como norma de ação, essas pessoas se manifestarão, tenho certeza.Elas serão as primeiras a Lhe beijarem a mão, prestando homenagem às suas convicções, que, embora ultrapassadas pelo alucinante passar dos tempos atuais, ainda merecem respeito e consideração.

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  8. Em tempo:

    Cara Professora:

    Queira, por gentileza, entender o final do texto acima no sentido etimológico e denotativo das palavras, desprezando-se, portanto, quaisquer impostações semânticas ou conotativas, isso, por duas razões, a seguir:
    1) - o texto fora redigido desobedecendo-se a costumeira regra de que sempre se deva reler e corrigir, no mínimo, três vezes, o texto inicialmente elaborado, suprimindo-se as erronias de gramática, concordância e estilística e as imprecisões semânticas indutoras de sentido pejorativo;
    2) - nos tempos atuais, por mais que nos esforcemos para colocar idéias 'pari passu' com os eventos, sempre haverá momento em que nos deparamos ultrapassados pelos acontecimentos. Tal óbice abrange todas as pessoas que, tanto quanto Vossa Senhoria, se preocupam em manter convicções úteis, a serem divididas com os demais da comunidade.

    Meus respeitos a Vossa Senhoria.

    Assinado:
    Amante das Letras Vernáculas.

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  9. Amante das letras, quem é você? Você é professor de português? Se não é, era? Porque se fosse, seria fácil saber quem você é.

    nossa terra é cheia de coisas desconhecidas. não só de coisas, mas de pessoas... terra fértil, linda, bendita... Você ainda será resgatada pelos teus verdadeiros filhos.

    ASSINADO:
    PROFESSOR SECUNDÁRIO.

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