quinta-feira, abril 30

Viagem sensorial de maria-fumaça...

Jolvani Bueno/Divulgação -Pref.Municipal de São bento do Sul/SC









Trem vai até São Bento do Sul: tudo "a la" antigamente.

"Blém, blém, blém." Toca o sino na estação. Está na hora de encontrar o lugar em um dos vagões do trem que faz o passeio pela Serra Alta, saindo de Rio Negrinho e indo até São Bento do Sul. É um evento concorrido, pois só acontece uma vez por mês, sem periodicidade regular.

A possibilidade de embarcar em uma típica maria-fumaça e conhecer belezas de uma região de mata atlântica quase intocada atrai gente de todas as idades. Para os paranaenses, uma viagem ainda mais evocativa, pela presença efetiva do pinheiro-do-paraná, árvore símbolo do Estado.Uma locomotiva de mais de 50 anos leva seis vagões, todos eles restaurados como possível pela regional de Santa Catarina da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária - uma organização não-governamental que tenta cuidar da combalida malha ferroviária do interior do Brasil.

Pela serra, começam a surgir os personagens do passeio. O guia faz o papel dos antigos conferentes, com direito até a furar a passagem (que custa R$ 55), como nos velhos tempos.Os voluntários, vendendo lanches e bebidas. Lá fora, a paisagem vai mudando - sai o casario alemão, com crianças no quintal acenando para o trem, entra a vegetação intensa da região. Ali, a mata atlântica é preservada (é uma área cuidada com zelo pelo Ibama).

"Coisas que a gente se esquece de dizer, frases que o vento se encarrega de lembrar." A maria-fumaça leva os turistas para um belo conjunto de viadutos e pontes suspensas, que dão a impressão de o trem flutuar na canção do vento, como em o Trem azul, de Lô Borges e Ronaldo Bastos. E há música no passeio, com jovens voluntários que atacam um pout-pourri de canções sertanejas, incluindo até As mocinhas da cidade, de Belarmino e Gabriela.

Chegando ao ponto final da viagem (após 1h30 de passeio), no lugarejo de Rio Natal, em São Bento do Sul, os turistas podem aproveitar um almoço típico polonês, ao lado da igreja, ao custo de R$ 12 - nada de "café com pão".
A volta, subindo a serra, também é com a maria-fumaça, que aí precisa trabalhar, como se fosse o Trem de ferro de Manuel Bandeira ("Voa, fumaça / Corre, cerca / Ai seu foguista / Bota fogo / Na fornalha / Que eu preciso / Muita força / Muita força / Muita força...").
(Colaboração: Paulo Roberto )

Um comentário:

  1. Boa Noite

    Quando leio uma matéria como essa fico lembrando o tempo que morava em Curitiba onde estudava de segunda à sexta. Quando chegava o final de semana ficava louco para ir para Antonina e houve algumas vezes que desci a Serra de trem, foram viagens inesquecíveis que ficaram na minha lembrança até hoje. As penso que essa viagens voltem a ocorrer para nossa cidade para que o possa levar o meu filho para passear de trem. Muito legal essa matéria, parabéns a vocês por esta matéria.

    Professor John Kennedy

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