quinta-feira, junho 18

FSTVL D NVRN D NTNN


Por: Jeffe Picanço

Estive algumas semanas sem escrever no Bacucu Com Farinha ou no meu blog, em função de uma sobrecarga de trabalho que literalmente me “expulsou” da internet. Algumas demandas só devem se resolver até o fim de junho, outras mais pra frente. Prometo voltar com muitas novidades e com algumas novas reflexões que tenho feito durante este tempo de muita adrenalina.
A novidade mais importante desta semana, infelizmente, é uma noticia péssima para Antonina e para os antoninenses. Soube por fontes próximas que o próximo Festival de Inverno da UFPR vai ser o mais magro dos últimos anos. Em função da crise econômica, muitas empresas deixaram de colaborar com o patrocínio. Como resultado, o orçamento do Festival, vai ser reduzido para 150 mil reais, ou praticamente um quarto do inicialmente previsto, de aproximadamente 700 mil reais, e que já era pouco.
Com essa magra verba, pouco deverá ser feito. Muitas oficinas vão ser canceladas, muitos shows não vão acontecer.
É uma pena que, na falta de dinheiro, quem mais sofre é a cultura. Os bilhões de ajuda financeira à bancos e montadoras em dificuldades provocam alivio nas manchetes de jornais,acalmam os ditos mercados. A arte e a cultura, que se virem. Até lembra a famosa frase de Goebels, o ministro da propaganda de Hitler: “cada vez que eu ouço a palavra cultura, eu sinto vontade de sacar o revolver”. Simples assim.
Também é uma pena porque o Festival de Inverno deste ano iria resolver alguns problemas de “comunicação” entre o festival e a cidade. De acordo com os organizadores, o modelo que vinha prevalecendo nos últimos anos criava uma clivagem entre as pessoas que vinham para o Festival e a população da cidade. Em vez de se confraternizarem, o que se via, e eu vi, foi uma atitude de confronto, principalmente dos mais jovens.
A proposta era ficar mais tempo, e ter mais e mais oficinas voltadas para as pessoas da cidade. Seria um festival de inverno, primavera, verão e outono, como modestamente defendi uma vez numa crônica no Urublues, meu blog. Aí, sim, teríamos todo o tempo pra confraternizar, aparar arestas e se fazer conhecer uns aos outros. De termais praticas e mais vivencias juntos. Não seria o ideal, mas seria um começo.
Seria.Com o que se tem, será feito somente o possível, e pouco menos que isso ainda. É de se perguntar se realmente vale a pena fazer o Festival com tão poucos recursos. Eu acho que sim. Não fazer seria pior, seria perder a química que existe entre a UFPR e Antonina, entre Antonina e o mundo da cultura, da boa cultura. É um frágil elo entre o mundo da cultura e vários antoninenses que tem a cultura nas veias há gerações, mas que tem pouco acesso ao que é feito Serra Acima. Para estes, o festival é uma boa oportunidade, senão a única.
Caberia a todos, pra variar, ver o que se pode fazer pra ajudar o festival a acontecer. Não podemos perder essa união e esta magia. Temos que lutar, com as armas que temos, pra que esse festival continue e se firme cada vez mais como uma referência não para Antonina, para o Litoral ou para o o Paraná, mas também para o Brasil. Antonina é grande assim, basta querer ser alem disso.

Um comentário:

  1. Antonina perde 83% de cargas neste início de 2009
    Texto publicado em 19 de Junho de 2009 s
    da Reportagem
    PortoGente

    A movimentação de cargas no Porto de Antonina caiu 83% nos cinco primeiros meses de 2009 em relação ao mesmo período de 2008. Trata-se de mais um tombo nos números do segundo porto em importância para a cadeia logística paranaense. Vale lembrar que, em 2007, o porto movimentou 626.224 mil toneladas de cargas. Já em 2008, este número caiu para 269.577. E em 2009, se seguir este ritmo, a quantidade de mercadorias importadas e exportadas não deve ser maior que 80 mil toneladas. Ruim para uma cidade cuja economia depende da atividade portuária.

    * Filé queimado no prato do portuário de Antonina
    * Appa quer mudar controladores na Ponta do Félix
    * Eles só querem filé
    * Para sindicalista, gurizada tem que cobrar mesmo

    A explicação da assessoria de imprensa da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), autarquia responsável pelos portos do Paraná, é que o Governo do Estado revogou no ano passado a autorização que os Terminais Portuários da Ponta do Félix (TPPF) tinham para a movimentação de outros tipos de mercadorias além das cargas congeladas. Com isso, seria inevitável uma queda expressiva na quantidade de produtos que entram e saem do cais de Antonina comparando-se os anos de 2008 e 2009. Confira no quadro abaixo os números divulgados pela Appa.

    Carga
    Total 2008
    Jan/Mai 2008
    Jan/Mai 2009
    Variação
    Madeira
    4.560
    4.560
    -
    - 100%
    Congelados
    100.611
    47.461
    36.420
    - 23%
    Ferro
    26.417
    26.417
    -
    - 100%
    Diversas
    23.587
    23.587
    -
    - 100%
    Fertilizantes
    114.402
    114.402
    -
    - 100%
    Total
    269.577
    211.867
    36.420
    - 83%

    O maior problema é que até mesmo as cargas congeladas destinadas à exportação tiveram uma queda significativa na quantidade de produtos movimentados. Entre janeiro e maio de 2008, passaram pelo Porto de Antonina 47.461 toneladas. Porém, no mesmo período de 2009, o número caiu para 36.420 toneladas, retração de pouco mais de 23%. A crise mundial justifica parte dessa queda, mas os seguidos anos sem investimentos adequados em infraestrutura só pioraram a situação em Antonina. A promessa, entretanto, é que tudo mude daqui para frente.

    O Governo Federal garantiu a liberação de cerca de R$ 53 milhões para a dragagem do Canal da Galheta, acesso usado pelos navios que precisam atracar nos portos de Paranaguá e Antonina. Obtidos via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a verba será usada para o aprofundamento da Galheta. O local terá 16 metros de profundidade. No Porto de Antonina, a profundidade será menor, de 10 metros, mas suficiente para receber em poucos meses as embarcações especializadas no transporte de cargas congeladas. Hoje, a profundidade de Antonina está 7 metros.

    Por meio de nota, a Appa informou que o contrato de arrendamento dos Terminais Portuários da Ponta do Félix teve início em 1995 e sempre previu a criação dos terminais portuários em Antonina para movimentar somente produtos congelados e frigoríficos. Anos depois, porém, o Governo do Estado permitiu “excepcionalmente” a movimentação de cargas de outra natureza porque o setor de congelados encontrava-se em uma crise sem precedentes. No ano passado, contudo, essa licença foi cassada e isso contribuiu para a queda nos números.

    “Os berços dos Terminais Portuários da Ponta do Félix precisam ser exclusivos para congelados, conforme prevê o contrato, para possibilitar aumento no volume de movimentação de cargas. Além disso, é insalubre movimentar fertilizante no mesmo berço em que se movimentam carnes, conforme, inclusive, informações técnicas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”, destaca um trecho da nota. De fato, em 2008 o porto recebeu até mais fertilizantes (114.402 mil toneladas) que cargas congeladas (100.611).

    ResponderExcluir

COMENTÁRIOS SOMENTE COM CONTAS NO GOOGLE