Administração portuária quer que Previ se desfaça de sua participação no Ponta do Félix, de Antonina, em até 30 dias. Interessados reclamam de quebra de sigilo no negócio.
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) vai dar um prazo de 30 dias para que a Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, conclua a venda da sua participação na empresa Terminais Portuários Ponta do Félix, em Antonina. A medida, segundo o superintendente da Appa, Daniel Lúcio de Oliveira Souza, é uma resposta a mais um imbróglio criado em torno da venda do terminal, que se arrasta desde setembro do ano passado e que hoje inviabiliza sua operação.
A venda, que havia sido fechada entre a Previ – principal acionista, com 43% das ações – e a Equiplan Consultoria Empresarial S.A, ligada ao operador portuário Fortesolo, teria sido suspensa depois que a Fundação Copel, outra acionista do terminal, apresentou uma nova proposta da Standard Logística. A Equiplan tinha um contrato de exclusividade e confidencialidade na negociação com a Previ desde novembro do ano passado.
A Appa confirmou que recebeu, no último dia 14, uma carta em que a Equiplan denuncia a quebra de sigilo na operação. De acordo com o documento, o presidente da Fundação Copel estaria defendendo os interesses da Standard Logística, que já tinha tido uma proposta rejeitada anteriormente.
Segundo Souza, no fim de julho a Previ convocou uma reunião de acionistas em Curitiba em que anunciava a venda da sua participação para a Equiplan. Mas, após o comunicado, a Fundação Copel teria feito a apresentação de uma nova proposta, de maior valor, oferecida pela Standard Logística, que é ligada ao grupo Demeterco. “Como o valor da venda para a Equiplan já era público, se configurou a quebra do sigilo”, afirma.
O superintendente da Appa diz que deve se reunir com os diretores da Previ até o fim da semana para esclarecer os fatos e anunciar o prazo de 30 dias para a conclusão do negócio. A troca de acionistas depende de anuência da Appa, que arrenda o terminal. Se o prazo não for cumprido, a Appa ameaça rescindir o contrato de arrendamento – que vence em 2015 – e assumir a atividade do terminal.
Não é a primeira vez que a Appa coloca um prazo para a conclusão da venda. “Demos um prazo inicial até dezembro do ano passado, que foi prorrogado para fevereiro deste ano. Mas fomos tolerantes com a situação porque a Previ havia nos dado certeza de que a venda seria feita e dependia de apenas alguns detalhes. Agora a situação mudou e há a quebra do sigilo”, diz. Procurada, a Previ informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que seus diretores estavam fora e não se manifestariam. A Fundação Copel também informou que seus diretores não poderiam atender a reportagem.
Dívidas
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) vai dar um prazo de 30 dias para que a Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, conclua a venda da sua participação na empresa Terminais Portuários Ponta do Félix, em Antonina. A medida, segundo o superintendente da Appa, Daniel Lúcio de Oliveira Souza, é uma resposta a mais um imbróglio criado em torno da venda do terminal, que se arrasta desde setembro do ano passado e que hoje inviabiliza sua operação.
A venda, que havia sido fechada entre a Previ – principal acionista, com 43% das ações – e a Equiplan Consultoria Empresarial S.A, ligada ao operador portuário Fortesolo, teria sido suspensa depois que a Fundação Copel, outra acionista do terminal, apresentou uma nova proposta da Standard Logística. A Equiplan tinha um contrato de exclusividade e confidencialidade na negociação com a Previ desde novembro do ano passado.
A Appa confirmou que recebeu, no último dia 14, uma carta em que a Equiplan denuncia a quebra de sigilo na operação. De acordo com o documento, o presidente da Fundação Copel estaria defendendo os interesses da Standard Logística, que já tinha tido uma proposta rejeitada anteriormente.
Segundo Souza, no fim de julho a Previ convocou uma reunião de acionistas em Curitiba em que anunciava a venda da sua participação para a Equiplan. Mas, após o comunicado, a Fundação Copel teria feito a apresentação de uma nova proposta, de maior valor, oferecida pela Standard Logística, que é ligada ao grupo Demeterco. “Como o valor da venda para a Equiplan já era público, se configurou a quebra do sigilo”, afirma.
O superintendente da Appa diz que deve se reunir com os diretores da Previ até o fim da semana para esclarecer os fatos e anunciar o prazo de 30 dias para a conclusão do negócio. A troca de acionistas depende de anuência da Appa, que arrenda o terminal. Se o prazo não for cumprido, a Appa ameaça rescindir o contrato de arrendamento – que vence em 2015 – e assumir a atividade do terminal.
Não é a primeira vez que a Appa coloca um prazo para a conclusão da venda. “Demos um prazo inicial até dezembro do ano passado, que foi prorrogado para fevereiro deste ano. Mas fomos tolerantes com a situação porque a Previ havia nos dado certeza de que a venda seria feita e dependia de apenas alguns detalhes. Agora a situação mudou e há a quebra do sigilo”, diz. Procurada, a Previ informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que seus diretores estavam fora e não se manifestariam. A Fundação Copel também informou que seus diretores não poderiam atender a reportagem.
Dívidas
A venda está sob consultoria da BB Investimentos e, segundo Souza, a América Latina Logística (ALL) também chegou a manifestar interesse pelo negócio, mas depois se retirou da disputa. Afundado em dívidas, o terminal Ponta do Félix está praticamente inativo – recebe apenas um navio por mês – e vem comprometendo a economia de Antonina, que gira em torno do movimento do seu porto. Hoje são mil trabalhadores portuários sem emprego.
De acordo com a Appa, o Ponta do Félix deve R$ 12 milhões em tarifas portuárias. Somente no ano passado ele foi multado em R$ 1,5 milhão por não cumprir metas de desempenho, valor que até agora não foi pago. Com o fraco resultado das operações, a Previ decidiu vender sua participação há pouco mais de dois anos.
A Appa tinha interesse em adquirir a participação da Previ, mas não houve avanço nas negociações. Os outros sócios, todos fundos de pensão – Fundação Copel (que detém 20,41% das ações), Fundo de Pensão Multipatrocinado (15,75%), Portus (11,97%), Fusan, dos funcionários da Sanepar (8,42%) e Regius (0,04%) – têm preferência para adquirir a participação da Previ, mas por limitações de investimentos, a solução para a retomada do terminal terá de passar pela venda para um outro grupo.
(Colaboração por e.mail: Joaniterez Rodrigues da Costa)
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