Estou com uma serie de atividades pessoais e profissionais literalmente tomando meu tempo. Com isso, perco um de meus maiores prazeres nos últimos tempos, que é escrever, escrever para meus irmãos bagrinhos.
O ano está se afunilando, e daqui a pouco vão aparecer as primeiras propagandas de natal, e 2009 estará entrando ladeira abaixo. Muitos irão protestar contra a comercialização da data, que deveria ser uma celebração religiosa, e por ai vai. Deixo este assunto pra dezembro.
Agora, entrando nos fins de setembro, ainda tem muita água pra rolar debaixo da ponte. O jogo está finalmente ficando febril, todos estão fazendo suas apostas. As coisas, pelo menos ao meu redor, começam a acontecer. Finalmente. O que parece mesmo é que estamos saindo da tal da crise, será? Cautela e caldo da galinha, a receita infalível das nossas avós nunca perde a atualidade.
A coisa não melhorou tanto que nos faça soltar rojões e sair picando dinheiro por ai. Mas também não é pra se atirar da ponte. Temos um longo e duro caminho a percorrer. Se fizermos as lições de casa, poderemos estar daqui a uns cinco ou dez anos entrando no sonho de um Brasil potencia mundial que sonhávamos em nossa (minha) infância.
Nossas empresas competindo em pé de igualdade com as empresas estrangeiras, no nosso mercado e no deles. Nossos compatriotas aí pelo mundo oferecendo soluções e alternativas. Nossos produtos sendo consumidos por todo o mundo. Desde o minério de ferro até o livro de auto-ajuda, desde o petróleo até a consultoria internacional, o Brasil está em vias de se tornar realidade.
Pra isso, temos que reverter as nossas desigualdades. Como se constrói isso? Educação educação educação. Mas não é a educação à la Paulo Maluf, aquele investimento em educação de só construir escola. Temos escolas, temos muitas crianças na escola. Precisamos melhorar é a qualidade do ensino. Capacitar as pessoas a pensar.
Uma das características mais importantes do brasileiro, e que aumenta a sua empregabilidade em termos internacionais, é a sua grande maleabilidade. Sim, ele mesmo, o jeitinho. Já ouvi muito isso, inclusive de empregadores gringos. Usado para o bem, o jeitinho brasileiro é uma importante ferramenta de melhorar processos e produtos. Os gringos não sabem dar jeitinho nas coisas como nós. Para o bem, frise-se. O jeitinho usado para o bem.
O que nos falta, no entanto, é uma escolaridade compatível, para podermos aplicar nosso jeitinho em escala planetária. Colocar milhares e milhares de pessoas maleáveis, interculturais e criativas no mercado internacional. Aí, ninguém nos segura.
Antonina, nessa história toda, é uma espécie de pátria do jeitinho e da gambiarra. Quem sabe se, mais instruídos e mais capacitados para o trabalho, nossos bagrinhos que hoje estão nas escolas não vão fazer bonito mundo afora e – por que não, em sua própria casa?
Uma Antonina com mais educação e mais jeitinho. Aí sim, ninguém nos segura. Nem Morretes. Ninguém, a não ser a auto-estima do antoninense, sempre tão proverbialmente pra baixo...
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