O que há de podre na negociação da Ponta do Felix?
Os deputados da Oposição cobraram, hoje, solução para o impasse na venda das ações que o Fundo de Previdência do Banco do Brasil (Previ) possui do Terminal da Ponta do Félix, em Antonina.
O líder da bancada, deputado Élio Rusch (DEM), questionou as ações da presidência da Fundação Copel, um dos acionistas arrendatários do Terminal.
“A interferência da diretoria da Fundação Copel tem causado muito sofrimento para a população de Antonia. As ações da Previ já estavam negociadas e prestes a serem vendidas, quando a Fundação Copel agiu de forma a cancelar a transação”, disse Rusch.
“Estranhamente a Fundação Copel tem feito de tudo para obstruir a negociação. Não sei qual o interesse, mas o que sabemos é que a população está sofrendo”, completou lembrando que hoje não passa de 300 o número de funcionários no terminal e que a movimentação é de um navio por mês.
O deputado Durval Amaral (DEM), destacou o desejo da população de Antonina de que o porto volte a funcionar e também criticou a postura da Fundação Copel em insistentemente atrapalhar as negociações de venda das ações da Previ.
“Os arrendatários do Terminal da Ponta do Félix são os maiores fundos previdenciários do país. É inadmissível a falta de capacidade na administração do Terminal que tem registrado prejuízo de R$ 15 milhões. É dinheiro de fundo de pensão, de servidores do Banco do Brasil, da Copel, entre outros que está sendo mal investido”.
Amaral criticou a postura da presidência da Fundação Copel em não permitir que as ações da Previ sejam vendidas e com isso as atividades do Terminal voltem a serem realizadas.
“Tiveram a incompetência de ter retidos pelo banco Santos, que teve falência decretada, mais de R$ 150 milhões. A Fundação Copel administra mal os seus recursos e diante do quadro que se instalou em Antonina não restou opção para a Previ a não ser vender suas ações”.
O que estranha os parlamentares é a interferência da Fundação Copel na transação de venda das ações da Previ e ultimamente o interesse em até mesmo adquirir as ações da Previ
“Será que agora, só porque a Previ entendeu que o negócio não é viável e resolveu vender, num passe de mágica a Fundação Copel tornará o empreendimento bom e rentável?”, indagou. “A Fundação Copel tem que explicar o que tem por trás desse súbito interesse pelo empreendimento. Por que não cuidou do investimento por todos esses anos?”.
Amaral acredita que o interesse súbito da Fundação Copel em adquirir as ações da Previ é para que futuramente possa vender as ações, em uma operação triangular, para um grupo empresarial que teria feito, recentemente, uma proposta pelas ações da Previ que resultou na suspensão da transação com a empresa Equiplan.
“A negociação estava em caráter confidencial, somente os acionistas sabiam dos valores. De repente uma proposta da Standart Logística tornou público o valor da venda e a Equiplan que negociava com a Previ desistiu”, disse. “Só há uma explicação. A Fundação Copel compra a parte da Previ para depois revendê-la aos amigos do presidente da Fundação Copel”, completou.
O deputado lamentou essa situação e principalmente o fato de que enquanto isso não se resolver os problemas de Antonina continuarão.
“Calam-se todos e ninguém olha para a situação dramática que passam os trabalhadores de Antonina. É preciso uma solução para que o Terminal opere normalmente e com isso volte o desenvolvimento de Antonina. Que essas advertências sirvam para que o governo tome atitudes sobre as ações da presidência da Fundação Copel”.
(Fonte: Fabio Campana–www.fabiocampana.com.br)
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