terça-feira, novembro 17

SÃO HERODES, ROGAI POR NÉS!

JeffePor: Jeff Picanço

Sou pai há  19 anos e alguns meses, e me orgulho disso. Tenho dois filhos e dois enteados, para os quais tenho muito carinho e muita preocupação. Ter filhos é se preocupar: estarei sendo um pai bom o suficiente? Estarei legando pessoas boas para a humanidade? Meu deus, eles vão conseguir dar conta dos compromissos e imposições da vida? As vezes, não durmo pensando nestas coisas.

Mas a vida vai ensinando, as pessoas me dão toques, e sei que está tudo indo bem por enquanto. Friso o por enquanto, porque nada é para sempre. Mas procuro estar sempre atento, sempre perguntando, sempre me preocupando. Muitas vezes não sei o que dizer, o que fazer, pois a vida esta sempre mudando e as situações para as quais fomos treinados são completamente diferentes para nossos filhos. Essa é uma constante desde meados do século XX.

A primeira coisa é que uma geração é diferente da outra, por causa do continuo avanço tecnológico e de costumes. A nossa experiência não serve mais para eles, não toda a nossa experiência. É uma coisa que precisamos ter em conta e nos prepararmos para isso.

Outra coisa é que o saber em nossa atual civilização, pela primeira vez na história, não está só nas mãos dos mais velhos. Um pirralho de dez anos, escolarizado, tem hoje mais informações que Aristóteles em toda sua vida. Muitas vezes, nós somos alunos de nossos filhos, e isso requer uma boa dose de humildade e compreensão.

Uma coisa que falhei, ao menos parcialmente: nunca consegui dar limites para meus filhos de maneira adequada. Eu continuamente confundia ordem com autoritarismo, e deixava as coisas correrem soltas, sem impor limites. Hoje, vejo que isso não funciona, ou melhor, funciona contra nossos filhos: vemos toda hora pelas ruas pequenos déspotas a mandarem nos pais.

São pequenos déspotas sem nenhuma noção de vida, de disciplina, de respeito, que estão por aí a impor aos mais velhos suas vontades. Vemos nas ruas cenas dantescas de pequenos mandarins se recusando a comer salada, a fazer os pais comprarem coisas inúteis e supérfluas. Mais velhos, adolescentes, eles não tem mais nenhum pudor: desacatam professores, desrespeitam autoridades e mais velhos. Vi em Curitiba estes tempos dois jovens com um pit-bul tentando comprar briga com alguém no gramado dos fundos do museu Oscar Niemayer. Tem também casos de agressão aos avós, como o que ocorreu ano passado em Antonina.

Precisamos impor regras, disciplina, respeito. Isso começa em casa.  Não dá pra educar sem limites, sem regras, sem disciplina. Isso forma o caráter das pessoas, edifica a integridade dos futuros cidadãos. Essa conversa toda parece aqueles velhos discursos moralistas que minha geração odiava ouvir. Mas não é. É uma conclamação de um pai e cidadão, que já foi professor e viu muitos casos de desrespeito na escola.

Não é  moralismo, mas sim um apelo por uma nova moral, uma moral de pessoas livres, que se respeitem e queiram construir uma sociedade melhor no futuro. Todos ganham com isso. Daqui a alguns anos, gostaria de ver ao meu redor pessoas cultas, educadas e que respeitem os outros, cultivem bons hábitos, sejam responsáveis. Chega de gente mimada e egoísta, a querer todo o tempo passar a perna no outro pra se dar bem.

Ou, então, vamos ter que entronizar o bom e velho Herodes no panteão dos santos e rezar para que este resolva no atacado o que não estamos conseguindo fazer no varejo, em nossa própria casa...

6 comentários:

  1. esse conterrâneo é bom sujeito. mais o escrito dele pricisava de um poco mais de pimenta. tem mais di padre e menos de repórte. tinha qui dá uma virada na balança.

    ResponderExcluir
  2. Companheiro anônimo acima, leia mais, faça um esforçozinho tenho certeza que vai melhorar a ortografia. Use a internet da Prefeitura pro teu trabalho.

    ResponderExcluir
  3. tem cara boçal... erra justamente naquilo que está lecionando...

    ResponderExcluir
  4. oia o conselho: usá a internet da prefeitura. tem gente 'fina' aconselhando a vagabundage no sirviço. vai vê qui tá acustumado.

    ResponderExcluir
  5. Muito boa a ironia:- SANTO HERODES. - Só faltava essa pra desgraça de Antonina. Bem que seria bom se esse 'santo' criasse juízo, e cortasse as cabeças certas. Aqui, do dia pra noite, ia virar um céu.

    ResponderExcluir
  6. Lendo o comentário do último anônimo. Lembrei-me da piada que contaram no Jekiti no sábado passado: Nequinho, converteu-se a evangelico, saiu de casa com a bíblia embaixo do braço. E passou em frente do Escritório do Nerval, como estava muito calor, todos estavam na calçada. Avistando o Nequinho de bíblia em baixo do braço, começaram a gozação: bichinha...biba...boiola...viado...Nequinho, seguiu o seu caminho para o templo; nisso, escutou um estrondo, olhou para trás, e um ônibus da Graciosa tinha entrando no Escritório do Nerval, e ninguém salvou-se, todos pereceram.
    Então, Neguinho olhando para o céu, disse: "JESUS...O SR. ARASOOOOOUUUUUU!

    ResponderExcluir

COMENTÁRIOS SOMENTE COM CONTAS NO GOOGLE