quarta-feira, maio 5

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Matéria interessante do Sr. ErlY em 2002...

Eco sistema

Uma baia pede socorro
Por: Erly Welton Ricci 13/10/2002 At 11:34

Matéria sobre um grave problema de assoreamento causado na Baia de Antonina, no Paraná, devido a dragagem do porto e a vazão das águas dos rios Capivari e Cachoeira, que compõe o complexo da Usina Hidrelétrica Parigot de Souza

Uma Baia Pede Socorro
A cidade de Antonina não está somente abandonada pelo poder público. (Só não me ponha a culpa em Deus... pelo amor Dele) Sua imensa riqueza natural é usada de forma irresponsável e contamina as esperanças de futuro. É o que se nota nas suas matas cheias de lixo, nas suas fontes que servem para depósito de esgoto, nos seus aparelhos turísticos depredados, nas ruas com iluminação precária e na sua baia assoreada, imunda, onde cresce o mangue. (A profecia se cumpriu agora em 2010, ou é uma simples coincidência... meu nobre profeta???)

Não existe nenhum projeto de desenvolvimento para o município e isso vem de sucessivos governos, (até os dias de hoje, e pelo jeito... em séculos e séculos... amém) cujas prioridades estão longe das reais necessidades da região. A miopia dos governantes (ver preço de óculos nas óticas visão... olha o merchan) que se locupletaram no poder deixou um rastro de fealdade que se acentua progressivamente. A começar por aquilo que deveria ser o maior orgulho dos capelistas: a baia, onde há alguns anos podia se ver velas coloridas disputando animadas regatas, barcos e canoas de pescadores dando vida e sentido às calmas águas em toda a sua orla.

A baia de Antonina agoniza, e com ela as suas potencialidades de desenvolvimento sustentável, pois extrai as possibilidades de criação de ostras e outros frutos do mar por causa da contaminação da água, impede a promoção de esportes aquáticos, e as atividades de lazer.

Uma das causas apontadas para o rápido assoreamento da baia é a vazão das águas dos rios Capivari e Cachoeira, cujo complexo da Usina Parigot de Souza (olha as procurações aí gente!!!)duplicou a vazão das suas águas e as invasões das margens do rio Cachoeira rasparam a mata ciliar. O fato é que nada mais significativo ocorreu nos últimos anos que justificasse o despejo de tal quantidade de sedimentos na baia, com exceção das dragagens no canal do porto. (Dragagem - ação efetuada pela Draga... Entendeu??? Não??? Então vá procurar o significado.)

A revista Oikos – Esportes Aquáticos, Lazer e Meio Ambiente (edição número 2) publicou uma reportagem em que diz: (A profecia) “O assoreamento é tão assustador que em pouco tempo a área das proximidades do trapiche municipal está desaparecendo e surge em seu lugar um vasto banco de areia que em breve dominará a paisagem”. Hoje, a baia só é bonita quando a maré está muito cheia. (E eu vou um pouco adiante... logo-logo teremos ali nas proximidades do trapiche, o cabo canaveral... porém, bem próximo, na praça da feira mar, já temos o cabo... o cabo canavial... o pessoal do litro que me desculpe.)

Segundo a revista Oikos, nos últimos anos o problema agravou-se consideravelmente com a dragagem do canal de acesso ao Porto de Antonina e ao Terminal da Ponta do Félix. Os sedimentos (merdas) dragados foram jogados dentro da própria baia formando baixios (um monte de merdas) próximos ao canal de navegação. Em frente ao Clube Náutico, cujo canal já teve 9 metros de profundidade e hoje tem menos de quatro metros, além de ter ficado estreito em diversos trechos, o lodo é retirado todas as semanas com recursos apenas dos braços dos funcionários e carrinhos de mão.

Um trabalho de Hércules, mas de solução paliativa, na qual os homens tentam minimizar os problemas causados pelos próprios homens, cuja despreocupação com a sustentabilidade dos projetos de desenvolvimento inviabiliza investimentos e, pior que isso, dificulta qualquer projeto a cada dia.

Um novo canal está se formando do outro lado de uma ilha, também recém formada, pois a força das águas do complexo Capivari-Cachoeira empurra os sedimentos para o meio da baia. O que causa estranheza em tudo isso é a aprovação dos órgãos ambientais (o que realmente você quis dizer com isso em 2002??? Hem... hem? danadinho) para a dragagem dos canais de acesso ao Porto de Antonina e ao Terminal Portuário da Ponta do Félix.

A autorização para jogar os sedimentos dragados dentro da própria baia comprovadamente aumentou de maneira assustadora a velocidade do assoreamento nas proximidades do trapiche municipal e o mangue que ali está se formando ajuda a segurar esses sedimentos. Os mesmos órgãos ambientais que permitiram a dragagem impedem que o mangue em formação dentro da área urbana seja arrancado – contradição, no mínimo, irracional.  (Irracional = Que não raciocina)

Os prejuízos e danos ambientais causados pelo assoreamento são incalculáveis. Portanto, torna-se necessário um amplo e sério estudo que ajude a explicar as verdadeiras causas do assoreamento e a formatar um projeto para a correção do problema e o uso sustentável da baia. Para isso é preciso unir forças do Estado e do município, instituições e entidades como a Universidade Federal do Paraná, Conselho Regional de Engenharia (Crea) e a sociedade, além de muita vontade política. Sem isso, Antonina continuará em pleno processo de degradação ambiental, econômica e social. (Em fim... chegamos em 2010, e até parece que foi escrito ontem isso... não acham???)

Email:: erlywelton@ig.com.br
URL:: http://www.revistaemtempo.com.br

Copiei DAQUI...

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NOTA.:

Ver preço do arroz capelista

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