quinta-feira, setembro 9

OUTRO COMENTÁRIO CENSURADO POR UM BLOG GUARAPIROCABANO...

Antonio Bento Bento
8 de setembro de 2010 20:49
Para: bacucucomfarinha@gmail.com

Guarapirocaba em "O Mito da Caverna"

O Mito da Caverna foi narrado por Platão no livro Republica.
Descreve a situação geral em que se encontra o povo.
À frente da caverna, estão os guardas, de costas para a entrada.
Pessoas que passam conversando, criticando e perseguindo os que consideram adversários. Vivem como num teatro.

Dentro da caverna está o povo, acorrentado sem poder mover a cabeça, nem se locomover, forçados a olhar apenas a parede do fundo, vivendo sem uma greve, sem protesto, com fraudes, sem ver uma prestação de contas.
Vendo apenas as sombras por que estão no escuro e imobilizados.

Mas do lado de dentro da caverna, há um fogo que ilumina vagamente o interior sombrio.
Esse fogo faz com que as coisas que se passam do lado de fora sejam projetadas de forma que alguns dos prisioneiros, inconformados com a condição em que se encontram, decidem abandoná-la, querem falar, mas condenados a ver sombras á frente (perseguições, demissões) toma - as como verdadeiras.

O medo os seguram, acorrentam, inibem. Então, estes prisioneiros continuam a viver...
na mentira, aprisionados por lendas e mitos, calam, consentem, vivem infelizes, obrigados pela corrente..

Um segundo grupo de prisioneiros quer se libertar.
Num primeiro momento, chegando do lado de fora, ele nada enxergaria, cego pela extrema luminosidade do exuberante Hélio, o Sol, que tudo pode, que tudo provê e vê.
Sente queimado ou quem sabe turriscado pelo Sol. (há um câncer, não de pele!)
Desta forma, são levados ou arrastados novamente para o fundo daquela caverna.

O governo, os poderes constituídos o calam. O que ocorre?
Estes continuam a querer jogar pra fora o que sentem, então escrevem cartas – anônimas
e acabam entrando até mesmo na vida particular de quem os encadeiam como forma de se libertar.

Caminho estranho para chegar à libertação...

O terceiro grupo de prisioneiros, fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões.
De inicio, move a cabeça, depois o corpo todo; a seguir, avança na direção do muro e o escala.
Enfrentando os obstáculos de um caminho íngreme e difícil, sai da caverna.
No primeiro instante, fica totalmente cego pela luminosidade do sol, com a qual seus olhos não estão acostumados.
Enchem-se de dores por causa dos movimentos que seus corpos realizam.
São taxados de perseguidores, encrenqueiros, arruaceiros, baderneiros,
pois agir e pensar é como este grupo de prisioneiros dá trabalho, desgosta gente poderosa.
Aos poucos, esse grupo se habitua com a luz e começa a ver o mundo.
Longe da caverna, encanta-se, tem a felicidade de ver as coisas que ele próprio construiu.
E luta com todas as forças para jamais regressar a ela.

No entanto não pode deixar de lastimar a sorte dos outros prisioneiros e, por fim...
toma a difícil decisão de regressar ao subterrâneo sombrio para contar aos demais o que viu e convencê-los a se libertarem também.
Só que os demais prisioneiros zombam deles, não acreditando em suas palavras e,
se não conseguem silenciá-lo com suas caçoadas, tentam fazê-lo espancando-os.
Se mesmo assim eles teimam em afirmar o que viram e os convida a sair da caverna, certamente acabam por matá-los.

Mas quem sabe alguns podem ouvi-los e, contra a vontade dos demais, também decidir sair da caverna rumo à realidade?

Acredite!
Não! Não somos prisioneiros. Eles é que querem que sejamos! Que acreditemos no que eles nos impõem.
Tenhamos nossas próprias opiniões.
Penso eu, que há mais sombras do que é nos apresentado.

Eu não me preocupo com Hélio – o Sol, pois não faço enfeite, nenhum macete, nem chinfra.
Sou seco mesmo. Sei de onde vim e pra onde vou.

Respeito todas as autoridades, Posso ter receio do Astro, mas ele? Treme de medo de mim...
Eu não viverei na caverna.
E você?

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