OAB reage a ataque ao Nordeste no Twitter
A seção Pernambuco da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE) entra hoje, na Justiça de São Paulo, com representação criminal contra a onda de ataques aos nordestinos divulgada por meio do Twitter após a eleição de Dilma Rousseff.
No domingo à noite, cabos eleitorais do PSDB começaram a postar mensagens ofensivas ao Nordeste, relacionando o resultado à boa votação de Dilma na região.A representação da OAB-PE é contra a estudante de Direito Mayara Petruso, de São Paulo, uma das que teriam iniciado os ataques.
Segundo o presidente da OAB-PE, Henrique Mariano, Mayara deverá responder por crime de racismo (pena de dois a cinco anos de prisão, mais multa) e incitação pública de prática de crime (cuja pena é detenção de três a seis meses, ou multa), no caso, homicídio.
Entre as mensagens postadas pela universitária, há frases como: "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!".
- São mensagens absolutamente preconceituosas. Além disso, é inadmissível que uma estudante de Direito tenha atitudes contrárias à função social da sua profissão. Como alguém com esse comportamento vai se tornar um profissional que precisa defender a Justiça e os direitos humanos? — diz Mariano.
Em julho deste ano, a seção pernambucana da Ordem já havia prestado queixa à Polícia Federal contra pelo menos dez usuários do Twitter, por mensagens ofensivas aos nordestinos após as enchentes na região.
- Essas redes sociais são meios de comunicação de alcance nacional, e crimes que ocorram nelas são de ordem federal. São ofensas que atingem a todos os nordestinos, existe um direito difuso aí sendo desrespeitado — completa Mariano, para quem o nível agressivo da campanha pela internet este ano, apesar de não justificar os ataques, pode tê-los estimulado.
No domingo, usuários do Twitter insatisfeitos com a vitória de Dilma começaram a postar frases como "Tinham que separar o Nordeste e os bolsas vadio do Brasil" e "Construindo câmara de gás no Nordeste matando geral".Como reação, outros usuários passaram a gerar uma onda de mensagens com "#orgulhodesernordestino", hashtag que ficou entre os primeiros lugares no ranking mundial de temas mais citados no Twitter.
Neuton...
ResponderExcluirAnauê, José Serra!
Reproduzo artigo de Alipio Freire, publicado no jornal Brasil de Fato:
Ser derrotado nas urnas numa eleição, não é tudo.
O mais grave é passar para a História como um fascista.
Sim, lamentamos, mas é exatamente isto o que ocorrerá com o candidato derrotado José Serra.
Se os rumos que pretendeu imprimir à disputa eleitoral não são suficientes para que nos mantenhamos d/espertos, a eloqüência das alianças forjadas para além dos partidos institucionais (DEM e PPS) e da grande mídia comercial falam por si.
Como é público, o candidato derrotado esteve reunido com representantes e militantes do grupo paramilitar fascista Comando de Caça aos Comunistas – o CCC, e da organização ultradireitista Tradição Família e Propriedade – TFP. Ambos participaram da conspiração e do golpe de 1964, e foram dos mais ferozes defensores da ditadura, opondo-se até o final, a qualquer abertura.
Na documentação da gráfica do Cambuci (S. Paulo), onde foram descobertos milhões de panfletos que tentavam desmoralizar e criminalizar a então ainda candidata Dilma Rousseff, está clara toda a ligação do candidato derrotado com membros do Partido Integralista, Monarquista e a ultradireita católica.
Pesquisa realizada pelo jornalista Tony Chastinet e publicada por Rodrigo Vianna com o título de “Dilma é alvo de grupos de extrema-direita e neonazistas” em seu blog, deixa clara a promiscuidade entre o candidato derrotado e os neonazistas.
Quando tudo isto tem, ainda, como pano de fundo, os discursos dirigidos pelo candidato derrotado ao Clube Militar e ao Clube do Pijama, aludindo a uma “república sindical”, e outros jargões que antecederam ao golpe de 1964; as manifestações dos membros desses dois clubes; e as declarações feitas nos EUA pelo doutor Nelson Jobim de que poderia ser ministro da Defesa de qualquer dos dois candidatos... é como se houvesse algo de podre na Dinamarca. De quem já fraudou uma Constituição; derrubou um avião matando cerca de 200 pessoas para se tornar ministro da Defesa; que já tentou um golpe contra o Terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos, esperamos tudo, menos que tenha viajado para os EUA para praticar esportes de outono...
De um candidato que se alia a toda essa escória, podemos esperar sempre o pior.
Fiquemos atentos: o candidato derrotado pode estar “cavando” um “terceiro turno”.