Matéria sugerida pelo amigo Bacunauta... Fortunato Machado Filho, é importante que a juventude antoninense leia esta matéria até o final...
Entrevista com ex-capitão de Jango
Por Ana Helena Tavares
Do Quem Tem Medo da Democracia?
Ivan Proença, ex-capitão do regimento presidencial de Jango, concede entrevista especial para o QTMD?
Por Ana Helena Tavares(*)
Estudantes encurralados em um prédio, envoltos por fumaça e com fuzis
militares apontados para suas cabeças. Foi esta a cena que Ivan
Cavalcanti Proença, então Capitão do Regimento Presidencial de João
Goulart, encontrou no Largo do Caco, na manhã do dia 1º de Abril de
1964.
Naquele dia – e não no dia 31 – houve, no Brasil,
um golpe de Estado. Não só militar, mas também civil, visto que apoiado
pela classe média urbana – definida por Proença como “classe me engana
que eu gosto, que não vai para o paraíso” – e patrocinado por empresas
privadas (muitas estrangeiras), como ele garante. “Não foi um golpe do
povo”, frisa ele. O “crime” daqueles estudantes foi serem contra este
golpe, o “crime” de Proença foi defender as cabeças deles.
Deparando-se com a cena, Proença mobilizou a tropa que estava sob seu
comando para evacuar o prédio, conseguindo salvar até o último
estudante. Cecília Coimbra, atual presidente do “Tortura Nunca Mais –
RJ”, e outros membros do Grupo, foram alguns dos jovens salvos por ele
naquele dia.
Proença, que é autor do livro “O Golpe Militar e Civil de 64” (Oficina do Livro, 2004), concedeu entrevista exclusiva ao “Quem tem medo da democracia?”, onde relembra esta história, comentando ainda: Lei de Anistia, Comissão da Verdade e o que há de democracia no Brasil atual.
Para ele, nosso Exército tem uma história patriótica, que foi
manchada de sangue em 64. Lamenta não ter conseguido capturar os
militares golpistas que encontrou. Ao contrário disto, ao voltar ao
quartel, imediatamente difamado por um colega de farda, ele é que foi
preso. “Se eu soubesse, não teria voltado”.
Depois de passar cerca de 50 dias na prisão, lhe foi dada uma chance
de perdão, mas queriam em troca seu silêncio diante das atrocidades que
viu. Não aceitando, teve seus direitos militares cassados e passou mais
de 20 anos sendo perseguido na vida civil.
Sobre uma ditadura anistiar a si própria, garante: “Isso não existe
no mundo jurídico em lugar nenhum”. E completa: “Na verdade, foi tudo
para beneficiar os torturadores e assassinos”. Descreve a Lei de Anistia
como “ilegal e ilegítima”, além de bem restrita para ele: foi
promovido, por ser oficial, havendo porém “restrições de cursos e tempo
de serviço”. E destaca que, além de tudo, foi uma anistia “elitista”, já
que não anistiou “as praças” (soldados, cabos, sargentos e
sub-tenentes). Fato que ele define como “vingativo e odiento”.
Sobre a “Comissão da Verdade”, levando em conta a falta de punição
aos torturadores, aos quais ele chama de “escória”, pergunta: “Verdade
para quem? Por que ser fiel àquela Lei de Anistia? Abre precedente na
história do Brasil… Os caras deitaram e rolaram e nada acontece?”
Proença sugere que os nomes escalados para a Comissão deveriam ser
“repensados” e alerta que há muitos “militares de pijama, velhos
reacionários”, que “pregam a não aceitação da Comissão, acusam e agridem
verbalmente desde a presidente da República a toda a classe política
que luta por uma verdadeira reparação dos crimes da ditadura, e ameaçam
com novos golpes”. Segundo ele, estes militares “insuflam tropas, porque
ainda têm poder de influência no Exército”. E “ainda fazem festas pra
homenagear os torturadores”. Para ele, é preciso “intervir na educação
do militar”. Assegura que lhes falta uma “cultura ampla, geral e
irrestrita”.
Comenta que, “em nome de uma suposta atitude democrática”, há
militares querendo intervir na Comissão. Comissão esta que vê com pouco
otimismo: “É remota a idéia de se fazer justiça. Ainda mais se não
houver a abertura dos arquivos”.
Diz que “a sociedade tem que saber o que aconteceu” e rechaça a
expressão “revanchismo”: “Isso seria se torturássemos os torturadores”,
afirma citando o Dr. Hermann Baeta, famoso advogado.
Cúpula militar, imperialismo americano, poder econômico – banqueiros,
latifundiários, empresários – e midiático, em especial Rede Globo, são,
para ele, os maiores responsáveis pela manipulação da informação e
incitação de golpes. “Foram todos cúmplices em 64”, garante.
Vindo para 2011, Proença disse ter ficado “satisfeito” com a eleição
de Cristina Kirchner, na Argentina. Sobre a atuação de Dilma, considera
que vai “muito bem” e que lhe parece “mais firme do que Lula, com mais
atitude”. Comentou sobre o caso do ministro dos esportes, Orlando Silva,
“denunciado por um bandido”.
Afirmou que Dilma “teve razão” quando disse que “não se deve
comemorar a morte de nenhum líder”, referindo-se a Kadafi, que Proença
acredita ter sido executado. “Ele (Kadafi) foi um covarde, ditador, que
fez horrores, mas fizeram com ele também uma barbaridade. Quer dizer, é
olho por olho, dente por dente?”, pergunta-se Proença. “Até os nazistas
foram julgados!”, completa.
Embora otimista quanto ao atual governo, Proença considera que o
Brasil está “muito longe” da democracia com que sonhavam os estudantes
que ele salvou e também de ter uma “identidade cultural”. Lamenta o fato
de que Collor, Maluf e Sarney ainda “estão aí”, e concorda com quem diz
que a juventude “alienada” de hoje é “conseqüência dos 20 anos”
(64/84). Mas pondera que não adianta mais colocar a culpa na ditadura.
“Já passaram mais de 20 anos e não houve grandes transformações. A
educação continua um horror! Há uma ânsia indevida de se cursar
faculdade! Esse contexto está todo errado! O mercado passa a ser gente. E
gente passa a ser objeto. Há uma relação muito estranha entre o saber, a
cultura, a educação propriamente dita, e o mercado dominante”, lamenta
Proença, apontando, como saída, que a “juventude tenha mais reflexão,
livre-arbítrio”. E conclui: “A gente não conta com os meios de
comunicação. Longe disso. Mas é preciso que aqueles que crêem num Brasil
mais democrático façam um trabalho junto à juventude. Alguma coisa tem
que ser feita para criar consciências críticas na sociedade! É preciso
criar meios de enfrentamento: uma entrevista como esta, palestras, a
atuação de um professor”.
Abaixo, três vídeos com a filmagem da entrevista completa.
Esta entrevista é a continuação de uma série sobre a ditadura. Clique aqui para conferir as anteriores.
*Ana Helena Tavares é jornalista. Editora do site “Quem tem medo da democracia”.
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Nota.:
Fica aí a dica para a Secretaria de Cultura antoninense..., fazer uma palestra para a juventude (adolescentes) da cidade sobre este assunto..., e que a Secretaria de Educação do município intensifique o tema nas escolas... só desta forma teremos uma juventude politizada e democrática.
Parabens!
ResponderExcluirQuem renega seu passado, pode cometer o erro de o repetir.
Neutinho o jovem quer saber de video game, som, ipod, não ler uma merda tão comprida como essa aí
ResponderExcluirA juventude tá abandonada, Canduca tem um d#@$%&tor de es&%$#te/idicado pelo F#@$%&@o, que ficou um ano sem trabalhar mas recebia em dia.O filho do tal S%$#@%&co.Fala ai Canduca.
ResponderExcluirDiscordo... pode até ser a maioria que preferem o game e afins durnate três horas do que ganhar conhecimento com esta matéria... porém, se apenas um adolecente ler este assunto já está de bom tamanho... pois quem leu plantará uma semente de intelectualidade política que você não sabe o estrago (no bom sentido) que fará...
ResponderExcluirAos anônimos das 14:50 e 15:03 o que vocês não querem é que a juventude de Antonina, não adquira senso critico e continue votando em voçês. Não querem que a juventude descobra de como vocês praticam a suja política de compra de votos e do "rachid" nos programas sociais. Exemplo muitos pescadores eu disse pescadores não recebem o seguro defeso, enquanto outros que não precisam tem seguro defeso. Outra coisa que a juventude precisa saber é sobre o programa Bolsa Família de Antonina, onde quem precisa não tem e quem não precisa tem. É isso que vocês não querem que a juventude antoninense saiba, para vocês continuarem fazendo a "porca" política. Abaixo eu passo um o endereço de um sítio do Bolsa Família para que essa juventude que vocês querem enganar, saiba quem é quem nesse programa, sem fazer prejulgaqmentos pois sabemos que a nossa juventude é inteligente e vai saber quem precisa e quem não precisa do Programa Bolsa Família.
ResponderExcluirhttp://www.mds.gov.br/bolsafamilia/fiscalizacao
https://www.beneficiossociais.caixa.gov.br/consulta/beneficio/04.01.00-00_00.asp
esse País é uma piada,dia 28 /10 foi feriado p os servidores publicos ,o posto de saude aqui no bairro cajuru estava fechado,,e dia 2 e 15 de novembro teremos mais 2 dias de folgas p eles ,atençao povao nao procurem o posto de saude nesses dias ,deixem para ficarem doentes depois do feriado.. at Horácio .
ResponderExcluiranonimo das 14;50,concordo com vc ,os jovens em grande maioria nao querem nada com nada ,tenho muitos exemplos na minha familia e com amigos que tem filhos jovens,a midia influencia muito,consumismo, drogas e banalizaçao do sexo ,tudo é curtiçao momento ...p eles tudo é descartavel ,fullgas... Horácio
ResponderExcluirPrimeiro quero dar os parabéns para o Fortunato e para o neutinho pela bela matéria. O que eu particularmente acho é que é fundamental estar sempre informando as nossas juventudes sobre qualquer tipo de assunto principalmente quando o assunto é político ou de história política. Esta história de que os nossos jovens são o futuro do nosso país eu penso diferente, os jovens são o presente do nosso país. Precisamos mais matérias voltadas para os jovens, só assim teremos um futuro melhor.
ResponderExcluirNewtinho, quero fazer uma pergunta para vc e para os bacucunautas e também para os pais e mães antoninenense:
ResponderExcluirO QUE É MAIS IMPORTANTE.
UMA CANCHA DE ESPORTES DECENTE NA FEIRAMAR,COM CERCA ALTA, ILUMINAÇÃO ETC. PARA A NOSSA JUVENTUDE PRATICAR ESPORTES?????????
OU
DEIXAR COMO ESTA PARA NÃO TIRAR A BELA VISÃO DA NOSSA BAIA PARA QUE TURISTAS FOTOGRÁFOS POSSAM EXERCER COM ESPLENDOR A SUA INSPIRAÇÃO???????
? ?
Tudo pelo esporte... não importa onde e como.
ResponderExcluirPrincipalmente quando se trata dos nossos jovens..., o esporte para o jovem é a melhor forma de incentivá-lo a buscar uma vida melhor, é também uma maneira de ocupar o seu tempo livre de uma forma produtiva... e saudável.
Vai uma dica para a Secretária de Esporte também... lembrem-se, os nossos velhinhos da terceira idade também precisam praticar esportes, vamos colocar academias ao ar livre para eles... é muito importante cuidar dos nossos queridos da terceira idade...
Os games, as sacanagens da midia, as novelas da globo, a desinformação generalizada, etc. fazem parte do esquema para manter a juventude alienada, consumista, insensível e egoísta. Desta maneira é mais fácil manter o poder o " status quo". Mas o mundo está mudando, poucos percebem mas as mudanças estão chegando, até para Antonina. Podem crer!
ResponderExcluirParabéns pela postagem, vejo o interesse em Antonina por políticas publicas para juventude partido por parte dos jovens, Antonina realizou a poucos meses a Etapa municipal do Conjuve, tivemos três Delegados representado Antonina em Maringá, 2 Delegados da JPT e um Delegado do PSC.
ResponderExcluirNeste ultimo mês tiramos 2 Delegados para UPS que estarão representando os interesses dos jovens secundaristas do Municipio, Hoje Antonina tem sim jovens conscientes e politizados.
Lutamos por uma reforma Política.
A cancha da Feira mar foi uma cobrança da JPT e vários jovens presentes na conferencia da Juventude, um compromisso do executivo com os jovens e agora embargado.
Vejo jovens freqüentado as reuniões da Câmara, participando de manifestações, projetos e muitas outras atividades.
Antonina precisa hoje de uma Secretaria de Juventude, que atenda os jovens do nosso município, dando valor as praticas Esportivas, Cultura, Saúde e Educação.
Confira nossas ações companheiro
juventudeptnina.blogspot.com
Obrigado pelo espaço
Marlon Secretario da JPT DS Antonina e Membro do Cultura PT Paraná.
Viva a Democracia Socialista
Tem neguinho do esporte que ficou um ano sem trabalha e recebeu em dia e não é um nem dois. Esses ninguém derruba. O padrinho tá em b#@$%^&ia e é do %$. Fala ai Can%$#@a,fala aí M^^%$#@cio,Fala aí M@#!%ga. Fala aí rapaziada. Tá na hora dos blog da oposição faze um levantamento e joga no ventilador.
ResponderExcluirNeutinho, sou jovem gosto de praticar esporte mais não temos incentivo nenhum por parte da prefeitura que por sua vez não tem nenhum interesse na secretaria de esporte. Tenho visto muitos amigos indo pelo caminho errado, caminho da marginalidade, e não vejo uma luz no fim do tenel que possa ajudar esses meus amigos a sair desta situação. O que você acha disso tudo meu amigo.
ResponderExcluir...veja bem, o que nós não podemos é desistir dos nossos jovens, jamais...
ResponderExcluirA questão em si... é muito..., mais muito complexa.
É nessa idade (juventude) o momento mais apropriado..., em que podemos trabalhar os valores e quem sabe influenciá-los em suas tomadas de decisões, não decidindo por eles, mas mostrando que todos têm caminhos alternativos. Nas sinopses deste seu comentário, você informa que tem visto vários amigos partindo para a marginalização...
...eu também, tenho lido algumas matérias em jornais, aqui mesmo na internet... onde abordam vários assuntos sobre o que vem acontecendo com a nossa juventude, mas um em específico chama a atenção: a marginalização.
Aí sim, eu tenho que concordar que infelizmente, o governo (federal, estadual, municipal) tem usado ferramentas erradas e conceitos errados na hora de entender o que é causa e o que é conseqüência da marginalização infanto-juvenil.
Penso desta forma que... além da figura do pai, da mãe... deveríamos ter um sistema educacional... onde um setor da psicologia mostrasse aos nossos jovens o caminho errado, digamos socialmente falando, e que este caminho é atrativo e fácil de chegar, mas devem ver que o outro caminho, do sucesso e da honestidade, pode não ser tão fácil, porém suas consequências serão melhores e duradouras.
A nossa cidade, na personagem do prefeito... deveria estimular mais sobre este assunto através de programas sociais, pois através desses programas seria possível evitar muitas situações de jovens marginalizados.
Porém, continuo com a minha tese: O esporte pode ser uma via de acesso a desenvolver e devolver a alegria aos nossos jovens. Além da educação é lógico.
Um abraço.
Neuton Pires
Não "Veja" no "Jornal Nacional"
ResponderExcluirInsatisfação mundial Protestos de rua contra o socorro de governos ao sistema financeiro e os cortes de programas sociais avançam na Europa e nos EUA, puxados por redes sociais. Manifestantes chegam hoje à França para pressionar os líderes do G-20
Sílvio Ribas
Publicação: 31/10/2011 02:00