A VOZ DO POVO CAPELISTA – Edição nº 27
01/04/2007
Dragagem e meio ambiente
É urgente a dragagem do canal que dá acesso aos terminais portuários do Paraná. Sem ela a sobrevivência dos Portos está comprometida e também a dignidade de milhares de famílias que tem na atividade portuária a sua fonte de renda e desenvolvimento pessoal.
Juntamente com a dragagem é preciso rastrear a movimentação desse material de assoreamento até a origem, identificando suas causas e aplicar medidas de contenção, orientadas pelo conhecimento técnico-científico.
As causas naturais contribuem muito pouco para esse assoreamento. O homem através do desmatamento e movimentação do solo para agricultura em áreas que deveriam ser de preservação, é o maior contribuinte para o agravamento deste que é o problema de todos os portos do Brasil.
O renomado professor João José Bigarella com base em estudos científicos vem há anos tentando conscientizar para esse fato. No ano de 1972, num pronunciamento na Assembléia Legislativa do Paraná, o empresário portuário de Antonina, Edgar Withers, alertava que se nada fosse feito nesse sentido, a atividade portuária se tornaria inviável no Paraná.
A dragagem do canal de acesso resolve o problema do tráfego dos navios, mas a que custo, se a cada ano mais e mais material está sendo lançado na baía de Paranaguá e Antonina? A questão de maior conflito entre empresários e órgãos ambientais não é a retirada desse material e sim onde despejar. Quanto mais distante a área de despejo maior é o custo da operação e se houver compostos contaminantes no material retirado, então o problema passa ser ambiental. Custo e meio ambiente são fatores decisivos nessa atividade.
A fiscalização e a recuperação de áreas degradadas nas encostas, margens de rios e nascentes reduziriam os riscos á navegação e os custos da dragagem.
Nos dias 26, 27 e 28 deste mês, aconteceu em Antonina o II Seminário Nacional sobre Dragagem e monitoramento ambiental. Os melhores especialistas do ramo estavam presentes. Esperamos que desse amplo debate, se construa a solução viável ao setor econômico e satisfaça as exigências sócio-ambientais.
Rogério Luiz Pacheco
Antonina-PR
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NOTA.:
No próximo mês fará cinco anos desta matéria... e até agora...
é.... ninguém quer mecher com a copel. parece que é a maior causadora do assoreamento da baia.
ResponderExcluirparece, inclusive que a copel paga um "$$$" anual de indenização para a prefeitura, por causa disso.
se isso for verdade, enfiam no c.... esse dinheiro que não tiram nem sequer o lixo das bordas do fundo da baia.