terça-feira, março 13

O ILUMINISMO NA ÓTICA DE UM BAGRINHO.


Por: Fortunato Machado Filho
 
O Estado, que antes fora visto como uma aproximação terrena de uma ordem eterna, com a cidade do homem modelada na cidade de Deus, passou a ser considerado como um arranjo mutuamente benéfico entre os homens, voltado para a proteção dos direitos naturais e do interesse próprio de cada um. O Estado torna-se objeto de críticas por vários intelectuais que demonstravam forte anseio de liberdade e anunciavam um novo Estado, condizente com o progresso cultural e científico em andamento. O Iluminismo, portanto, se fez crítico, reformista e revolucionário contra o Estado autoritário. Mas, do Iluminismo nasce também a razão instrumental: quando o sujeito do conhecimento toma a decisão de que conhecer é dominar e controlar a Natureza e os seres humanos. Embora esse padrão de ação resulte em maior poder e domínio sobre a Natureza, também escraviza o Homem, reprimindo a sensibilidade, a afetividade, a emotividade e as demais formas sensíveis de conduta humana, gerando especialistas sem espírito e sensualistas sem coração, nulidades que imaginam ter atingido um nível de civilização nunca antes alcançado.

Se contrapondo a ela na Escola de Frankfurt surge a razão crítica: um dos principais filósofos desse grupo é Max Horkheimer. Ele pensou que as transformações na sociedade, na política e na cultura só podem se processar se tiverem como fim a emancipação do homem e não o domínio técnico e científico sobre a natureza e a sociedade. 
 
Estamos assistindo hoje, em todo o mundo, a tendências que fazem prever o advento de um novo irracionalismo. Mas ele é mais perturbador que o antigo, porque não está mais associado a posições políticas de direita. A razão não é mais repudiada por negar realidades transcendentes — a pátria, a religião, a família, o Estado —, e sim por estar comprometida com o poder. O novo irracionalismo se considera crítico e denuncia um status quo visto como hostil à vida. A partir de uma certa leitura de Foucault, Deleuze e Lyotard, e sob a influência de um neonietzscheanismo que vê relações de poder em toda parte, ele considera a razão o principal agente da repressão, e não o órgão da liberdade, como afirmava a velha esquerda.
 
Sendo a razão crítica uma oposição a razão intrumental ela nos mostra que a unaminidade é burra, então surge os "porquês"? Trazendo estas premissas para a "Idade das Trevas" de Antonina, surgem as mais diversas perguntas(por qual razão).
 
Por que quando o padre pede um imóvel comercial da sua propriedade é escrachado, pois irá(sic) desempregar pessoas?
Por que quando o mesmo vai a CMA defender o emprego, também é escrachado?
Por que supostamente houve açodamento do poder público para a mudança do Plano Diretor?
Por que o elitismo antoninense sempre bloqueia ações públicas que vão beneficiar os excluídos da nossa sociedade?
Por que os organismos ambientais dificultam o desenvolvimento sustentável de Antonina?
Por que a rampa de pesca na Ponta da Pita esta embargada pelo IAP?
Por que o poder público tem que gastar milhões de reais do contribuinte/eleitor para fazer o carnaval?
Por que o povo de Morretes pratica o associativismo e o cooperatismo e nós não?
Por que a Prefeitura de Antonina é o maior empregador da cidade?
Por que é o mesmo reclamante que provoca o MP e o Judiciário para embargar obras públicas que beneficiarão todos?
Por que só se discute turismo gastrônomico, se também temos o contemplativo/religioso/social/cultural e o esportivo(pesca)?
Por que certos migrantes e até certos bagrinhos que estudaram, pensam que os bagrinhos que ficaram são incultos?
Por que os políticos de Antonina falam grosso com os seus eleitores e fino com os seus deputados?
Por que só podemos viver de turismo(qual deles?) e não se pode instalar nenhuma indústria em Antonina?
Por que até hoje o poder estadual não desapropriou o Complexo Matarazzo?
Por que não sai a ligação Antonina/Paranaguá pela BR 277 ou Antonina/São Paulo pela BR 116? 
Por que...Por que...Por que?????
 
Então. Por Quem os Sinos Dobram em Antonina?

 

3 comentários:

  1. Feito um carnavalesco em transe criativo, Natinho enfeita seus argumentos com adereços esvoaçantes e rococós do mais alto brilho e complexidade, e faz desfilar pela avenida escolas filosóficas e seus pensadores de nomes impronunciáveis, mas, ao fim e ao cabo, embora eu pense duas vezes antes de rebater seus dizeres, me parece que só faz repetir a velha e manjada cantilena que ouço desde que cheguei em Antonina, lá pelos idos de 1995.

    Os problemas de Antonina, os reais e os imaginários, choraminga Natinho, são sempre obra do malvado “elitismo antoninense que sempre bloqueia ações públicas que vão beneficiar os excluídos da nossa sociedade”, ou dos cruéis “organismos ambientais que dificultam o desenvolvimento sustentável de Antonina”, ou de certos e demoníacos “forasteiros e mesmo bagrinhos que estudaram, que pensam que os que ficaram são incultos”, e seguem as lamúrias, e haja espaço no muro das lamentações.

    “Por que supostamente houve açodamento do poder público para a mudança do Plano Diretor?”, brada aos céus Natinho, prócer da escola dos pensadores (supostamente) chorões e eu, respondo: porque houve, prezado, simples assim, e comprovadamente, e tanto que o MP propôs e o Juiz de Direito da Comarca concedeu liminar mandando parar a lambança.

    Destaco que, para o caso em tela, as palavras “supostamente” e “açodamento” se juntam para constituir sabonete perfumoso cuja fragrância enganadora esconde a soda cáustica das corrosivas ilegalidades evidentemente praticadas pela administração do ex-prefeito em atividade.

    No fim das contas e no frigir dos ovos, o arrazoado de Natinho, muito bem costurado e arrematado, diga-se, tem apenas um (evidente) propósito, qual seja, defender seu primo que é, infelizmente, ex-prefeito em atividade, e responsável pela canhestra tentativa de estupro do Plano Diretor, sob os edredons fedidos de interesses ocultos e, devo frisar, ao arrepio da legislação relacionada.

    Finalizo dizendo, pela centésima vez, que a AMBB está a lutar pelo indispensável cumprimento da lei e, por oportuno, que critiquei com contundência o padreco minúsculo por ele ter falado mentiras a meu respeito.

    Eu não filosofo entre montanhas de adubo fedido.

    ResponderExcluir
  2. Esse Fortunato estaria bem colocado (1° lugar) na escolinha do professor raimundo.
    lá ia ficar uma maravilha a mistura de chucruts com siri das beiradas antoninenses....
    (vá mostrar 'curtura' lá nas alemanha, pqp..... qui aki precisa de gente que faz e não que pergunta, por...ra!!)

    ResponderExcluir

COMENTÁRIOS SOMENTE COM CONTAS NO GOOGLE