terça-feira, novembro 25

PORTO DE ANTONINA DEMITE FUNCIONÁRIOS...

Newton Almeida (http://www.paranaonline.com.br/)



O Porto de Antonina está sendo relegado a segundo plano.


Desde que a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) restringiu a movimentação do terminal do porto de Antonina, que desde abril só pode embarcar frigorificados, o Sindicato dos Estivadores local vem relatando sucessivas demissões. Além dos cortes, o comércio já dá sinais de perdas conseqüentes da baixa movimentação do terminal.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Estivadores de Antonina, Aroldo Cezar da Costa, já foram demitidos mais de 30 trabalhadores. Segundo ele, as demissões aconteceram por causa da ociosidade do terminal. “Há três meses não atraca um navio no terminal. Nossos trabalhadores já estão procurando emprego em outros portos”, comenta.

Segundo Costa, a ordem de serviço n.º 008/2008, emitida pela Appa em fevereiro, suspendeu a autorização do Terminal da Ponta do Félix a movimentar cargas como bobinas de papel, ferro e madeira, que respondiam pela maior parte do volume que passava pelo terminal.

A assessoria de comunicação da Appa informou que a ordem de serviço foi criada após a implantação do Corredor de Congelados do Paraná - projeto que reuniu os governos estadual e federal e a iniciativa privada para aumentar a exportação de congelados pelos portos paranaenses.

Para Costa, no entanto, mesmo com a determinação da Appa, seria possível exportar a carga geral via terminal de Antonina, através da própria Appa. Porém, segundo o representante dos estivadores, existe um impasse político que impede o funcionamento do terminal.
“É uma briga do governo do Estado com o terminal. Enquanto o governo federal dá dinheiro para outros portos, nós sofremos com problemas das autoridades”, afirma.

Além das demissões de funcionários ligados diretamente com o terminal, a economia indireta também relata prejuízos. Segundo o diretor financeiro da Associação Comercial, Industrial e Portuária de Antonina (Acipa) Paulo Pacholek, os comerciantes locais já estão sentindo um impacto nas atividades por conta da inatividade do terminal de Antonina.

Pacholek conta que o movimento caiu cerca de 30% nos últimos meses. “Não estamos fazendo compras de final de ano porque estamos com medo de ficar com material encalhado.”

A administração do Terminal da Ponta do Félix foi procurada para confirmar os motivos das demissões, porém o responsável que estaria autorizado a comentar o fato não foi encontrado.
(Colaboração: Joaniterez Rodrigues da Costa)

Um comentário:

  1. Senhores, segue mais uma contribuição de um blog paralelo de assuntos portuários locais. Antoninense como vocês. Visitem. Comentários após a notícia.

    Postado no Blog Sinergia, recém reformado:

    www.sinergiaa.blospot.com


    IAP comunica suspensão nas licenças de cinco terminais do Porto de Paranaguá

    Cinco terminais que lidam com cargas perigosas no Porto de Paranaguá e que foram citados em uma ação proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) devem receber entre esta quarta-feira (26) e quinta-feira (27) um comunicado dizendo que suas licenças ambientais foram suspensas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Com isso, o Terminal Público de Álcool, Transpetro (que pertence à Petrobras), Fospar, Cattalini e União Vopak terão de esvaziar seus tanques e ficarão sem autorização para funcionar.

    A medida do IAP, anunciada na última sexta-feira (21), foi tomada após uma liminar da Justiça Federal em Paranaguá suspender o funcionamento do Terminal Público de Álcool. A decisão aponta falhas no licenciamento ambiental feito pelo IAP e indica que o processo deve ser conduzido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).

    A liminar, além de paralisar o terminal de álcool, também determina que as empresas que lidam com produtos perigosos removam cerca de 400 famílias que moram perto da área portuária, na Vila Becker e no Canal da Anhaia. Segundo o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, a ordem judicial tornou necessário suspender as licenças dos cinco terminais citados na ação para que o instituto não corresse o risco de responder por desobediência à decisão da Justiça.

    Governador

    Nesta terça-feira (25), durante a escola de governo, o governador Roberto Requião criticou a decisão da Justiça Federal. De acordo com o chefe do Executivo paranaense, a medida é “estranha” e levará à paralisação dos embarques de combustíveis em Paranaguá por questionar o licenciamento feito pelo IAP. "Se o IAP não pode liberar o terminal de álcool, então ninguém embarca mais; nem Cattalini, nem Transpetro", afirmou Requião.

    O governador chegou a dizer que a única solução para o impasse seria fechar o Porto de Paranaguá. Isso porque o instituto é responsável pelas autorizações concedidas aos terminais que funcionam ali. A ação movida pelo MPF argumenta que o Terminal Público de Álcool recebeu licença sem serem feitos o Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (RIMA). Além disso, aponta falhas no processo, como o fato de o terminal estar funcionando com uma autorização para testes, ao invés da licença de operação.

    De acordo como IAP, o licenciamento foi feito com base no EIA/RIMA do próprio porto. Não seriam necessários novos estudos porque o terminal funciona em uma área já dedicada à movimentação de líquidos inflamáveis. A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) entrou com um pedido na Justiça para que a liminar seja suspensa por 72 horas, prazo que seria usado para a apresentação de sua defesa.

    GAZETA DO POVO - 26/11/2008 (link abaixo)
    http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/economia/conteudo.phtml?tl=1&id=831678&tit=IAP-comunica-suspensao-nas-licencas-de-cinco-terminais-do-Porto-de-Paranagua#

    É... Só agora estão aparecendo as verdadeiras trapalhadas do "ex-melhor superintendente de portos da via-láctea" e sua gangue, incluindo as malévolas intenções do Ditador das Araucárias.
    Pra quem não sabe, os portos paranaenses são responsáveis por mais de 70% da receita cambial do Estado.

    O de Antonina, sustenta a Prefeitura.

    Se são mal-administrados, quem perde é o contribuinte, porque além da questão de empregos ligados à cadeia logística portuária, é o patrimônio dos paranaenses que está sendo corroído, dando espaço para que os terminais de estados vizinhos levarem os clientes e as cargas que deixam de passar pelo Paraná e que deixarão de se tornar divisas para os cofres públicos, adiando investimentos pelo Estado e pelas cidades portuárias, primeiras a sofrer com esse descaso explícito. Assim como vêm acontecendo com Antonina à meses...

    Práticas de puro amadorismo.

    Recheados de má intenção.

    Cabe ao Porto de Antonina, agora, questionar quanto a intenção na não-renovação da licença ambiental para carga geral pela Ponta do Félix, já que a própria justiça determinou que não cabe ao IAP, e sim ao IBAMA a jurisdição quanto a política em terminais portuários privativos.

    Oportunidade. Taí a dica...

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