Grupos de moradores organizam shows de samba e noites de seresta, que seguem mesmo depois do carnaval
27/02/2009 00:14 Renan Colombo Em Antonina, o ronco das cuícas e a batida dos pandeiros ignoram o fim do carnaval e ecoam para além dos dias de folia. A cidade tem uma programação cultural que oferece espetáculos de samba e música popular durante o ano todo.
Os responsáveis pelo atrativo calendário musical são os moradores, que se organizam em um grupo de samba e outro de seresta: Amigos da Carioca e Canto do Mar, respectivamente.
O grupo foi formado há três anos, a partir do interesse comum de um grupo de amigos. “Não há um grande marco. Foi algo espontânea”, esclarece Castro.
A qualidade do samba feito pelos antoninenses atrai muita gente de outras cidades e até de outros países. “Eu gosto muito de música brasileira e adoro as canções que tem palavras engraçadas”, revela o engenheiro francês Juseph Barcelo, 55 anos, que passava as férias em Curitiba e aproveitou para conhecer o Litoral do Paraná.
No repertório dos Amigos da Carioca estão canções clássicas, de compositores como Cartola e Noel Rosa, executadas como manda o figurino dos tradicionais sambistas: com todos os músicos vestindo roupas e sapatos brancos. O público, embora não esteja uniformizado, também participa da cantoria. “Quando estamos tocando, sempre perguntamos se alguém quer cantar uma música ou declamar uma poesia. Muita gente aceita e se apresenta. É assim que gostamos de interagir com a plateia”, explica Castro.
Outra forma de agradar os espectadores é incluir canções famosas no repertório. “Sempre sai um bolero e algumas músicas sertanejas. A ideia é fazer um som bem popular mesmo”, conta o percussionista.
Noite de Seresta
No primeiro sábado de cada mês, a noite de samba é incrementada com a apresentação do grupo Canto do Mar, que dá o ar da graça logo que os Amigos da Carioca deixam a praça – que é o ponto de partida da seresta.
Trajando roupas típicas dos anos 1950, os seresteiros, cerca de 20, empunham seus violões e circulam pela região histórica da cidade cantando para aniversariantes e demais moradores que solicitam a homenagem. Os mais fiéis encomendam uma placa personalizada (vendida por R$ 20), que é colocada em frente de casa, com o nome da canção favorita. Onamar, por exemplo, escolheu a música Chega de Saudade, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, e pode ouvi-la sempre que os seresteiros passam por seu bairro.
A noite mensal de seresta, que é realizada há oito anos, dura cerca de duas horas e sempre deixa o público pedindo bis, pois termina mais animada do que começou. “Na última casa que a gente visita, praticamente sai um baile, porque a turma toda se anima e começa a dançar”, conta o aposentado José Ismael dos Santos, 60 anos, um dos violonistas do grupo.
Os sambistas e seresteiros enchem de orgulho a comunidade de Antonina. Nos dias de apresentação, é comum encontrar entre o público camisetas com o nome dos grupos – os Amigos da Carioca comercializam as peças como forma de custear a compra e o conserto de instrumentos.
O apoio também é manifestado com a divulgação das apresentações. Constantemente, a estação de rádio local e um carro de som anunciam os eventos e convidam moradores e visitantes a acompanhá-los. Também há cartazes distribuídos pelos pontos mais visitados da cidade.
A estratégia funciona. Para alguns antoninenses, os shows de samba são programa obrigatório. “Já assisti mais de dez vezes e sempre venho de novo. É gostoso porque a gente se distrai”, conta a aposentada Ruzina Alves de Morais, 66 anos, moradora de Antonina.
O clima romântico que se estabelece durante as apresentações também conquista muitos casais. “Ouvir um sambinha e uma MPB de qualidade é um programa ideal para se fazer a dois”, afirma o comerciante Antonio Pupo, 50 anos, que costuma acompanhar os shows na companhia da esposa, Sônia, 50 anos, outra das antoninenses apaixonadas pelo ritmo.
Os responsáveis pelo atrativo calendário musical são os moradores, que se organizam em um grupo de samba e outro de seresta: Amigos da Carioca e Canto do Mar, respectivamente.
O carro-chefe do carnaval prolongado são as apresentações de samba, que ocorrem todos os sábados (exceto nos dias de chuva), a partir das 19 horas, na Praça da Carioca. O grupo é formado por 12 apaixonados por música brasileira, entre homens e mulheres, e, em sua maioria, autodidatas. “Como temos um carnaval forte, que tem escola de samba, somos bons de ouvido e aprendemos a tocar música com facilidade”, conta o aposentado Onamar de Castro, 79 anos, um dos percussionistas do grupo.
O grupo foi formado há três anos, a partir do interesse comum de um grupo de amigos. “Não há um grande marco. Foi algo espontânea”, esclarece Castro.
A qualidade do samba feito pelos antoninenses atrai muita gente de outras cidades e até de outros países. “Eu gosto muito de música brasileira e adoro as canções que tem palavras engraçadas”, revela o engenheiro francês Juseph Barcelo, 55 anos, que passava as férias em Curitiba e aproveitou para conhecer o Litoral do Paraná.
No repertório dos Amigos da Carioca estão canções clássicas, de compositores como Cartola e Noel Rosa, executadas como manda o figurino dos tradicionais sambistas: com todos os músicos vestindo roupas e sapatos brancos. O público, embora não esteja uniformizado, também participa da cantoria. “Quando estamos tocando, sempre perguntamos se alguém quer cantar uma música ou declamar uma poesia. Muita gente aceita e se apresenta. É assim que gostamos de interagir com a plateia”, explica Castro.
Outra forma de agradar os espectadores é incluir canções famosas no repertório. “Sempre sai um bolero e algumas músicas sertanejas. A ideia é fazer um som bem popular mesmo”, conta o percussionista.
Noite de Seresta
No primeiro sábado de cada mês, a noite de samba é incrementada com a apresentação do grupo Canto do Mar, que dá o ar da graça logo que os Amigos da Carioca deixam a praça – que é o ponto de partida da seresta.
Trajando roupas típicas dos anos 1950, os seresteiros, cerca de 20, empunham seus violões e circulam pela região histórica da cidade cantando para aniversariantes e demais moradores que solicitam a homenagem. Os mais fiéis encomendam uma placa personalizada (vendida por R$ 20), que é colocada em frente de casa, com o nome da canção favorita. Onamar, por exemplo, escolheu a música Chega de Saudade, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, e pode ouvi-la sempre que os seresteiros passam por seu bairro.
A noite mensal de seresta, que é realizada há oito anos, dura cerca de duas horas e sempre deixa o público pedindo bis, pois termina mais animada do que começou. “Na última casa que a gente visita, praticamente sai um baile, porque a turma toda se anima e começa a dançar”, conta o aposentado José Ismael dos Santos, 60 anos, um dos violonistas do grupo.
Músicos são orgulho local
Os sambistas e seresteiros enchem de orgulho a comunidade de Antonina. Nos dias de apresentação, é comum encontrar entre o público camisetas com o nome dos grupos – os Amigos da Carioca comercializam as peças como forma de custear a compra e o conserto de instrumentos.
O apoio também é manifestado com a divulgação das apresentações. Constantemente, a estação de rádio local e um carro de som anunciam os eventos e convidam moradores e visitantes a acompanhá-los. Também há cartazes distribuídos pelos pontos mais visitados da cidade.
A estratégia funciona. Para alguns antoninenses, os shows de samba são programa obrigatório. “Já assisti mais de dez vezes e sempre venho de novo. É gostoso porque a gente se distrai”, conta a aposentada Ruzina Alves de Morais, 66 anos, moradora de Antonina.
O clima romântico que se estabelece durante as apresentações também conquista muitos casais. “Ouvir um sambinha e uma MPB de qualidade é um programa ideal para se fazer a dois”, afirma o comerciante Antonio Pupo, 50 anos, que costuma acompanhar os shows na companhia da esposa, Sônia, 50 anos, outra das antoninenses apaixonadas pelo ritmo.
BACUCU,
ResponderExcluirVAMOS FIXAR E DIVULGAR A IDÉIA:-
"ANTONINA, CAPITAL DA MÚSICA !!!"
AESTUR(ASSOCIAÇÃO DOS EMPREENDEDORE DE SERVIÇOS TURÍSTICOS DE ANTONINA):
ResponderExcluirapenas para constar que o PROJETO MÚSICA NA RUA,da AESTUR, termina dia 28/02(sábado),e que existe um entendimento com o SESC-PR(patrocinador) para estende-lo e termos mais um atrativo para os nossos turistas.
ORLANDO/DIR.COMUNICAÇÃO
O samba não para,mas e quem quer descansar?Não venham aqui para as bandas da associação da COPEL,pois o som é agudo demais e não deixam ninguém dormir.Haja paciência!Todas a sextas feiras é a mesma porcaria!!
ResponderExcluirGostaria de saber o porquê a Filarmônica Antoninense não toca mais no Coreto da Praça Coronel Macedo? Já que a palavra RETRETA significa TOQUE DE BANDA EM PRAÇA PUBLICA.
ResponderExcluirPois é, Tony, é o que alguém falou por aí... Como é coisa velha, tem que jogar fora... Jogar fora a água suja e a criança junto... TEM QUE VOLTAR A RETRETA NA PRAÇA !!! Secretaria de turismo, ACORDA, em vez que ficar arrumando 'chifre em cabeça de cavalo"
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