Publicado em 18/06/2009 celso@gazetadopovo.com.br
Se queriam promover o mal, conseguiram: centenas de trabalhadores de Antonina ainda enfrentam dificuldades de sobrevivência, vítimas dos efeitos de medidas tomadas pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) no ano passado, que esvaziaram as condições de funcionamento do Porto de Antonina.
Desde 1996, quando foi concedido ao Terminal do Portuário da Ponta do Félix (uma empresa constituída por fundos de pensão, liderados pelo Previ, dos funcionários do Banco do Brasil), o porto podia operar com congelados e também com cargas gerais. Entretanto, ordens de serviço baixadas pela Appa restringiram a movimentação apenas aos congelados, inviabilizando economicamente a empresa.
A proibição aconteceu exatamente no momento em que se fechava um negócio de venda do terminal para uma multinacional canadense de fertilizantes, o que levou à interpretação de que a intenção era essa mesmo – a de prejudicar as negociações com esse grupo ou de favorecer outro eventual comprador que tivesse caído nas graças da Appa.
Desfeito o negócio com a multinacional, apareceram outros interessados e, em seguida, foram revogadas as medidas restritivas. Desde abril, o porto da Ponta do Félix pode também operar com madeira, papel, produtos metalúgicos, etc., além dos congelados. Mas, cadê os clientes que antes se utilizavam do Porto de Antonina para cargas gerais?
Pois é: desapareceram e os fundos de pensão encontram dificuldades para recuperá-los. Hoje eles se utilizam principalmente dos portos de Santa Catarina. Os prejuízos para Antonina permanecem e o desemprego na cidade também. Não há solução à vista a curtíssimo prazo, pois o novo comprador – a empresa Equiplan – está ainda enfrentando as dificuldades burocráticas para finalizar o processo de financiamento que solicitou junto ao Banco do Brasil.
O Previ, que controla 43% do capital do Ponta do Félix, tem pressa de vender, pois o empreendimento representa perdas para seus associados. Mas, pelo cronograma que vem sendo seguido, não há esperança de que o financiamento seja liberado antes do mês de setembro. Se tudo der certo, somente a partir dessa data é que, muito lentamente, a situação comece a voltar ao normal. Para aflição da cidade de Antonina e de seus trabalhadores.
(Colaboração: Carlos Jorge)
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Se queriam promover o mal, conseguiram: centenas de trabalhadores de Antonina ainda enfrentam dificuldades de sobrevivência, vítimas dos efeitos de medidas tomadas pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) no ano passado, que esvaziaram as condições de funcionamento do Porto de Antonina.
Desde 1996, quando foi concedido ao Terminal do Portuário da Ponta do Félix (uma empresa constituída por fundos de pensão, liderados pelo Previ, dos funcionários do Banco do Brasil), o porto podia operar com congelados e também com cargas gerais. Entretanto, ordens de serviço baixadas pela Appa restringiram a movimentação apenas aos congelados, inviabilizando economicamente a empresa.
A proibição aconteceu exatamente no momento em que se fechava um negócio de venda do terminal para uma multinacional canadense de fertilizantes, o que levou à interpretação de que a intenção era essa mesmo – a de prejudicar as negociações com esse grupo ou de favorecer outro eventual comprador que tivesse caído nas graças da Appa.
Desfeito o negócio com a multinacional, apareceram outros interessados e, em seguida, foram revogadas as medidas restritivas. Desde abril, o porto da Ponta do Félix pode também operar com madeira, papel, produtos metalúgicos, etc., além dos congelados. Mas, cadê os clientes que antes se utilizavam do Porto de Antonina para cargas gerais?
Pois é: desapareceram e os fundos de pensão encontram dificuldades para recuperá-los. Hoje eles se utilizam principalmente dos portos de Santa Catarina. Os prejuízos para Antonina permanecem e o desemprego na cidade também. Não há solução à vista a curtíssimo prazo, pois o novo comprador – a empresa Equiplan – está ainda enfrentando as dificuldades burocráticas para finalizar o processo de financiamento que solicitou junto ao Banco do Brasil.
O Previ, que controla 43% do capital do Ponta do Félix, tem pressa de vender, pois o empreendimento representa perdas para seus associados. Mas, pelo cronograma que vem sendo seguido, não há esperança de que o financiamento seja liberado antes do mês de setembro. Se tudo der certo, somente a partir dessa data é que, muito lentamente, a situação comece a voltar ao normal. Para aflição da cidade de Antonina e de seus trabalhadores.
(Colaboração: Carlos Jorge)
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