EM TERRA DE CEGOS, PICEGA É REI

Fortunato Machado Filho	9 de junho de 2011 22:39
Para: Bacucu com Farinha
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"Cachorro que tem dois donos, morre de fome" - Ditado popular Estamos a pouco mais de um ano das próximas eleições, mas não se engane: a campanha eleitoral já começou. Este momento é um verdadeiro vale tudo nos bastidores. O cidadão antoninense tem, até outubro do ano que vem, para se preparar para uma enxurrada de informações que será despejada em sua frente por partidos políticos. De um lado, interessados em se manter no poder, de outro, os que pretendem assumir a posição ocupada pelo adversário de legenda. Estamos a pouco mais de um ano das próximas eleições, mas não se engane: a campanha eleitoral já começou. Pode não parecer e nem tudo estar tão definido nos quadros partidários, mas isso não quer dizer que pelos bastidores o planejamento não esteja acontecendo. O calendário de obras para o ano eleitoral já está na agenda dos políticos tanto do Executivo, quanto do Legislativo. A agenda política eleitoral envolve todas as esferas: municipal, estadual e federal. Pelo lado da situação dos governos, a ideia dessa agenda é simples: inaugurar o máximo de obras possíveis o mais próximo das eleições para que o eleitorado se lembre do ato quando for digitar os números do partido ou do candidato na urna eletrônica. De outro lado, políticos da oposição tentam chamar a atenção, seja com acusações pertinentes ou com a criação de factóides. Somadas a isso, tentativas inúmeras de ações que só acabam prejudicando o trâmite do já moroso trabalho do Poder Judiciário. O objetivo desse segundo grupo é denegrir a imagem do opositor para que, no final, o eleitor se lembre disso na hora do voto e troque seu voto. Os dois grupos políticos situação e oposição usam de artifícios que são legais e constitucionais, mas nem sempre éticos. Usar a agenda administrativa pensando em eleição não é ético, assim como também não é usar a boa fé das pessoas e a morosidade do judiciário como arma para tentar denegrir a imagem alheia, atingindo quem estiver pela frente. Este momento pré-eleitoral é um verdadeiro vale tudo nos bastidores. São políticos assumindo a paternidade de obras cuja execução está fora de sua alçada, pré-candidados apresentando projetos de lei inconstitucionais apenas para agradar grupos de prováveis eleitores. São promessas políticas de todos os lados, almejando arrebanhar aquele voto a mais para o dia do pleito. No meio dessa batalha política antecipada, segue o eleitor, o cidadão comum, trabalhador, que, em forma de sociedade, elegeu tanto um grupo quanto outro para que ambos trabalhassem em prol dos eleitores e não para se digladiarem em busca de poder. A blindagem do eleitor contra este tipo de político é a informação e o acompanhamento da vida política de sua sociedade, sob pena de ficar refém das promessas ilusórias e criação de factóides por políticos deste e daquele lado. Em uma sociedade em que a informação chega por todos os lados, o cidadão precisa saber separar o joio do trigo. As redes sociais - tão em moda nos últimos anos - estão calmas neste atual momento. Em breve, candidatos e seus correligionários passarão a ocupá-la com seus discursos bons e ruins, com suas verdades e mentiras. O cidadão deve estar atento e responder nas urnas ao uso político eleitoral da informação.