O pescador Carlos Alberto Novaes e os destroços:
fuga às pressas com a filha e “abrigo permanente” numa cooperativa de Antonina
Litoral
Águas de março sem fim
Desabrigados de Antonina e Morretes
permanecem à espera de moradia. Situação deve perdurar por mais sete
meses Antonina e Morretes
Publicado em 11/09/2011 | Cíntia Junges, especial para a Gazeta do Povo
Seis
meses depois das chuvas e desmoronamentos que devastaram o litoral
paranaense em março deste ano, famílias inteiras ainda vivem em abrigos
ou em casas subsidiadas pela prefeitura, em Antonina e Morretes. Essa
situação deve durar, no mínimo, mais sete meses, já que parte das casas
ainda não começaram a ser construídas nos dois municípios.
Em Antonina, 88 famílias estão sem moradia, vivendo em casas de parentes, alugadas ou em abrigos. A dona de casa Jurema de Oliveira, 55 anos, o marido e mais três irmãos diagnosticados com problemas mentais dividem, há cinco meses, uma sala de um abrigo cedido pela Prefeitura de Antonina. “Não posso voltar para a minha casa e não temos para onde ir”, afirma. A casa de Jurema, no bairro Caixa d’Água, não foi atingida, mas a família não pode retornar ao local, considerado de risco.
Em Antonina, 88 famílias estão sem moradia, vivendo em casas de parentes, alugadas ou em abrigos. A dona de casa Jurema de Oliveira, 55 anos, o marido e mais três irmãos diagnosticados com problemas mentais dividem, há cinco meses, uma sala de um abrigo cedido pela Prefeitura de Antonina. “Não posso voltar para a minha casa e não temos para onde ir”, afirma. A casa de Jurema, no bairro Caixa d’Água, não foi atingida, mas a família não pode retornar ao local, considerado de risco.
Das
cidades atingidas pelo aguaceiro no litoral, Antonina foi a mais
afetada. Além de ruas e casas alagadas, o bairro Laranjeiras foi
inteiramente destruído pela enxurrada de árvores e lama que desceu dos
morros.
Os cerca de 90 moradores do local tiveram de deixar as casas às
pressas e não puderam salvar nada. O pescador Carlos Alberto Novaes, 40,
conseguiu sair de casa com a filha Daiane, de 8 anos, antes que os
deslizamentos destruíssem tudo. Depois de 20 dias abrigados numa igreja,
Novaes e a filha foram encaminhados para a Cooperativa dos Pescadores
de Antonina, junto com mais sete pessoas da família, e lá estão até
hoje. “O fim do ano se aproxima e não estamos contentes com esta
situação provisória”, desabafa.
Prioridade
De acordo com o prefeito de Antonina, Carlos Augusto Machado, um terreno doado pela prefeitura está sendo preparado para receber as casas que vão atender os desabrigados. Neste primeiro momento, no entanto, os recursos disponibilizados só permitirão a construção de 53 das 88 moradias previstas. Segundo Machado, os projetos de reconstrução vão contar este ano com 60% dos R$ 9,3 milhões prometidos pelo governo.
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NOTA.:
O que o BcF não consegue entender... é a respeito de uma placa que liga a estrada da Graciosa a Antonina, especificamente no Km 7 da cidade Capelista... há uma placa com a seguinte frase:
"FIM DAS OBRAS"
Que obras?
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Ainda sobre aquele trecho...
Fonte: Gazeta do Povo
Estrada avariada
Padre pensa em mobilizar protesto
Para o padre Marcos José de Albuquerque, da Igreja Matriz de Nossa
Senhora do Pilar, em Antonina, a cidade não estava preparada para um
acontecimento com as proporções das chuvas de março deste ano. Segundo
ele, o envolvimento dos moradores foi fundamental para a recuperação da
cidade, mas cabe também ao poder público fazer a sua parte para que
Antonina volte a ser como era antes da tragédia.
O padre conta que a principal reclamação de turistas e moradores é um
ponto na estrada que liga Morretes a Antonina, e que já causou vários
acidentes. O trecho, que fica a cerca de 7 quilômetros do centro de
Antonina, foi danificado por deslizamentos que invadiram a pista e
destruíram parte do asfalto. O trânsito no local funciona em meia pista e
o risco de acidentes é grande, devido ao fluxo constante de veículos e à
falta de sinalização.
Para o religioso, a estrada funciona como um cartão de visitas para a
cidade de Antonina, já que aproximadamente 20% da população vive do
turismo. “Os turistas que encontram a estrada danificada podem pensar
que a cidade ainda está destruída”. O pároco diz que já pensa em
mobilizar os moradores para fazer uma manifestação na BR-277, no ponto
que dá acesso a Morretes e Antonina, caso a estrada não seja consertada
em breve.
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