quinta-feira, novembro 3

IGUALDADE NA CAMPANHA ELEITORAL PARA TODOS... pelo menos esta é a intensão

    Recebi esta matéria que está postada logo abaixo via e.mail de um amigo Bacunauta...
    Porém, antes de lerem sobre o assunto FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA, deixe-me fazer uma breve conclusão...
"No Brasil, já existe o fundo partidário, no entanto o valor destinado a este representa apenas uma pequena parcela do valor total das campanhas políticas, sendo o excedente complementado pelas contribuições dos membros o partido, bem como por doações de pessoas físicas e jurídicas. A reforma política atualmente em discussão propõe que todas estas doações de campanha passem a ser proibidas, sendo o fundo partidário a única fonte de recursos para as campanhas" - wikipedia


Obs.: Com certeza alguns eleitores irão indagar que, se o financiamento for público, quem pagará as campanhas serão o povão... já no financiamento privado não, quem financia são as grandes construtoras principalmente..., e empresas disso ou aquilo.
- A maioria do eleitorado não sabe que, com o financiamento privado, ele também está pagando a conta. Com a pequena diferença de que não temos contabilidade da coisa. A empresa repassa os valores gastos aos produtos ou, simplesmente, recolhe depois, da forma que estamos careca de saber, quase tudo aquilo que investiu no político. Paga-se a conta sem saber, porque, afinal de contas, “dar dinheiro público para político” não pode. Só pode se não houver contabilidade, porque aí, claro, mantemos nosso direito de gritar contra os políticos que nada fazem e principalmente contra “toda essa corrupção que está aí”. 

    Agora vamos fazer de conta... esquecer momentaneamente a esfera global nas "Terras de Vera Cruz" e voltemos ao mundo de Um Reino Não Tão distante...
    FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA, até que ponto afetaria os nossos imortais, vitalícios, entranhados no poder, daqui não saio daqui ninguém me tira, salve-salve políticos tupiniquins? Quem seria contra e quem seria a favor? Sim, porque ir para uma eleição no Reino em total condições financeiras contra este absolutismo político que hoje impera no Reino, seria o supra sumo para qualquer simples mortal.

    Vamos a matéria:

Financiamento público de campanha. PSDB e PMDB preferem Caixa Dois



No próximo dia 9, a Comissão Especial de Reforma Política da Câmara deve votar o relatório do deputado Henrique Fontana (PT-RS) que recomenda o financiamento público da campanha política.

Se for derrotada, a proposta será arquivada.

E a eleição de 2014 será como é hoje: o império do Caixa Dois.

Em 2002, as eleições para Presidente, Governador, Senador e deputados Federal e Estadual custaram R$ 827 milhões.

Isso é o que foi DECLARADO.

Fora o Caixa Dois.

Como se sabe, uma boa parte do financiamento das campanhas, hoje, é em dinheiro vivo, não contabilizado.

Como diz este ansioso blog, o Caixa Dois na política é tão brasileiro quanto a goiabada com queijo.

Em 2010, o custo dessas campanhas foi de R$ 4,9 bilhões.

Portanto, houve um aumento DECLARADO de 591%.

Assim, se não houver o financiamento público, só vai ser político quem for muito rico, ou se submeter aos interesses dos financiadores.

Ou seja, o Congresso brasileiro será o espelho dos interesses das empreiteiras, dos bancos, da indústria farmacêutica – mais do que hoje.

Das 513 campanhas mais caras para deputado federal, em 2010, 369 foram eleitos.

Ou seja, com grana o candidato tem 72% de chances de ser eleito.

É por isso que a Maria da Conceição Tavares, o Florestan Fernandes, o Milton Temer (o primeiro a pedir informações ao Banco Central sobre as operações do banco Opportunity, ainda no Governo FHC) e o Delfim Netto não conseguem mais se eleger.

Quanto será distribuído sob a forma de financiamento público ?

Segundo o relatório de Fontana, o limite de gastos será fixado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Quanto irá para cada partido ?

25% do dinheiro serão distribuídos igualmente entre TODOS os partidos.

O resto será proporcional ao número de votos – porque, numa democracia, quem tem mais votos vale mais, não é isso Padim Pade Cerra ?

O financiamento público é a única forma de partidos como o DEMO e o PP sobreviverem.

Porque não têm candidato próprio à Presidência da República, o DEMO e o PP morrem na praia, na primeira pesquisa do Globope ou do Datafalha.

Na primeira pesquisa do Globope e do Datafalha, o Cerra sai sempre na frente.

(Notável coincidência.)

Aí, a grana vai para o PSDB …

Quem são os maiores adversários do financiamento público ?

O PMDB e o PSDB.

Dentro do PMDB, quem são os mais ferrenhos adversários do financiamento público ?

O (vice) Presidente Michel Temer, que defende um estapafúrdio “plebiscito”.

E Eduardo Cunha, por uma questão de princípios filosóficos.

Ele é a favor da livre iniciativa.

Especialmente em Furnas.

No PSDB, o baluarte da campanha contra o financiamento público é o Padim Pade Cerra.

Ele tenta fulminar o relatório Fontana pelo lado errado.

Cerra defende o voto distrital, para atacar o voto fechado em lista, que não faz parte do projeto Fontana.

O Cerra e seus arautos no PiG (*) são contra esse moinho de vento: o voto fechado em lista.

Na verdade, o objetivo de Cerra e seus arautos é derrotar o financiamento público.

Um desses arautos é quem Leandro Fortes, na Carta Capital, chamou de Brucutu: um senhor Graeff, que, na derrota de 2010, operou as redes sociais para o Cerra.

É essa turma, amigo navegante: Michel Temer, Eduardo Cunha, um Brucutu e o Padim Pade Cerra.

Você é favor do que está aí, amigo navegante ?

O que está aí é o Caixa Dois no centro da política brasileira.


Paulo Henrique Amorim


Fonte:CONVERSA AFIADA

2 comentários:

  1. Os recentes eventos envolvendo a saúde do Presidente Lula têm evidenciado de forma bastante clara, o papel socialmente deletério que a imprensa golpista com seus parlapatões, e os setores mais exaltados da direita, vêm exercendo em nosso país. Temos visto nos últimos dias, espalhadas pela blogosfera afora, demonstrações de absoluto ódio e extremado recalque contra o ex-presidente, que chegam a chocar os espectadores, tal a carga de emoções negativas que encerram. Tais manifestações denotam, inclusive, profundo ódio de classe, desumanidade e ressentimento, que sem dúvida alguma, são solo fértil para a germinação de ímpetos que podem extravasar em muito o mero ciberespaço… Essas correntes já existiam antes das últimas eleições, mas eram mais ou menos sub-reptícias; com a campanha eleitoral promovida pela direita em favor de José Serra no ano passado, tais correntes, ao que parece, começaram a se manifestar de forma mais clara, assumindo inclusive o formato de agressão física, em diversas ocasiões, contra membros de minorias. O que vemos agora, principalmente na Internet, contra o Presidente Lula, muito provavelmente é mais um afloramento dessa fúria que até aqui, se não estava totalmente contida, se manifestava apenas episodicamente, na forma de ataques injustificados a gays e nordestinos. Minha dúvida é: Até quando tais impulsos malevolamente inebriantes permanecerão, apenas, no recôndito das mentes doentias que vêm sendo “alimentadas” com os dejetos provenientes da mídia golpista e com a contínua e incessante campanha anti-Lula e anti-PT, promovida por quase todos os órgãos de comunicação do país? Não estaria a mídia brasileira, quase como um todo, semeando um vírus perigoso em nossa sociedade que, oportunamente, trará dissabores palpáveis ao país, na forma de violência e conflitos de maior proporção? Fica aqui minha inquietação a respeito daquilo que a mídia, talvez involuntariamente (e friso: “talvez”), esteja disseminando em nosso meio social.

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  2. Artigo de Luís Nassif: O financiamento público de campanha
    8 de novembro de 2011 - 08:54 -
    por Luís Nassif

    Luís Nassif.
    O nome da corrupção política é financiamento privado de campanha.

    É uma praga com vários desdobramentos.

    O primeiro, o de fazer de cada cargo público um balcão de negócios.

    Não há nenhum partido político, nenhuma instância da administração pública, que esteja a salvo dessa praga.

    No mundo ideal, um partido se valeria de cargos públicos para destacar quadros políticos, consolidar uma marca e se aproximar da massa de eleitores.

    Na democracia formal, o cargo serve para firmar alianças com grupos econômicos, financiadores de campanha – como ocorre às claras nos Estados Unidos, país onde opera o lobby institucionalizado e onde as alianças político-empresariais são mais nítidas.

    No Brasil, existem dois tipos de ações espúrias. A primeira, a que beneficia os grandes grupos, como grandes obras, regulações favoráveis etc.

    A segunda, o imenso varejo das emendas parlamentares, das transferências para ONGs e outras organizações. É pequeno perto das grandes jogadas, mas é o mais facilmente identificável, pelo fato de ser pulverizado.
    A diferença pode ser vista em diversos casos. No episódio Duke-Alston, em São Paulo, a empresa providenciava a transferência de verbas para ONGs do litoral paulista que, depois, as repassava para políticos e partidos. Em troca, conseguia grandes obras públicas.

    No caso do Ministério dos Esportes, havia uma rede ampla de pequenos fornecedores.

    Em ambos os casos, o dinheiro transitava por dutos pouco visíveis.

    A primeira utilidade do financiamento público de campanha será o da criminalização de qualquer contribuição privada.

    A perspectiva de ficarem cinco anos afastada das concorrências públicas e do acesso ao financiamento de bancos públicos – prevista no projeto de lei do deputado Henrique Fontana -, assim como a criminalização das contribuições, inibiriam definitivamente as empresas formais.

    Restaria a contribuição do crime organizado e dos lobbies fora-da-lei.

    Ocorre que não há nada mais visível do que uma campanha eleitoral. Com limitações de gasto, qualquer candidato que exorbitar em sua campanha será imediatamente mapeado pelos órgão de controle e de polícia.

    Uma segunda vantagem será a de eliminar definitivamente o álibi para essa ação semiclandestina.

    Quando uma empresa opera com o caixa dois, o grande risco que corre é o da perda de controle sobre as ações dos funcionários – já que essas operações não podem ser registradas.

    Com partidos políticos ocorre o mesmo. Como separar a operação destinada a recolher recursos para o caixa do partido daquelas que visam o enriquecimento pessoal do agente?

    É praticamente impossível. Qualquer tentativa de desvio será moralmente condenada pelo próprio partido.

    A terceira vantagem é o da despolitização das denúncias seletivas, utilizadas como arma política, e não como forma de aprimoramento da administração pública.

    Cria-se um quadro complicado, em que carregam-se nas tintas contra governos adversários, mas poupa-se qualquer escândalo envolvendo partidos aliados – justamente pela impossibilidade de separar o crime da ação política de financiamento.

    Com o financiamento público de campanha, qualquer forma de arrecadação será tratada como crime em benefício pessoal.

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