A apresentação é única. Acontece no sábado de Carnaval, às 20h. Não há quem não se empolgue com o colorido das fantasias, com a riqueza de detalhes dos adereços, com a animação do batuque e com o envolvimento da comunidade. Quem assiste à evolução dos componentes do folguedo Boi Barroso, um dos mais tradicionais grupos folclóricos de Antonina, no litoral paranaense, não imagina que por detrás de toda essa empolgação se encontra uma pessoa bem conhecida da comunidade copeliana: Maria Alice Treglia Moreira.
Natural da cidade litorânea, cuja tradição carnavalesca se contrapõe ao “pouco caso” com que a maioria das cidades paranaenses – colonizadas por europeus - dedicam às festas de Momo, a coordenadora de educação física das escolas do município continua fazendo o que mais gosta: criando ações para que a comunidade, principalmente as crianças, preservem suas tradições e se envolvam em um projeto social.
“Se a Maria Alice disse que dá para fazer, pode tocar o projeto em frente”, reconhecia o ex-presidente da Fundação Copel, Hugo Barreto, sabendo da capacidade criativa e de trabalho desta professora de educação física que em 1977 foi convidada a trabalhar em Foz do Areia e aceitou de pronto. Na primeira semana, já agitou Faxinal do Céu, com um torneio de vôlei, em uma quadra improvisada dentro de um barracão em construção. “O que eu pretendia mesmo era movimentar o pessoal – trabalhadores da Copel e das empreiteiras – já que, muitos deles, nas horas vagas, não saíam do boteco Fecha Nunca gastando o que tinham e o que não tinham”, comenta com bom humor.Começou ali a seqüência de “invenções” de Maria Alice que ficaram marcadas na história do desenvolvimento social e da qualidade de vida proporcionada pela companhia, sob a coordenação da Fundação Copel. Ela “agitou”, primeiro Foz do Areia, idealizando competições e desfiles escolares, criando a fanfarra e o coral, além de promover atividades para pessoas de todas as idades. Desde a festa de formatura das crianças até a olimpíada da Copel, tudo passava pelas mãos de Maria Alice. “Aprendi que as pessoas precisam estar sempre motivadas e era isso que pretendia passar para todos”, observa.As invencionices da professora venceram os limites da usina e ela foi convidada a fazer parte do recém criado departamento de recreação da Fundação Copel. A criatividade de Maria Alice foi posta à prova e ela foi vencendo desafios. É dela a organização dos festivais de música que revelaram o talento “escondido” de muitos copelianos. Seus Jogos Escolares ganharam dimensão estadual, se tornando um sucesso de participação, com envolvimento de professores, alunos e familiares. Sua usina de idéias para movimentar a comunidade copeliana não parava de criar “novidades”. Uma semana era um acantonamento, noutra um concurso de pesca. A organização do desfile dos atletas da Copel (sempre campeã) nos Jogos dos Servidores Públicos ou na Olimpíada Global do Trabalhador também tinha o seu toque. Outra sua “loucura” foi promover a Colônia de Férias da Fundação Copel. “Na primeira edição tínhamos 50 crianças, nas outras chegamos a 500, com a iniciativa sendo levada para todas as regionais da Copel”, lembra com saudade. Quem não esquece das colônias de férias é o campeão olímpico Emanuel, um freqüentador assíduo da escolinha da tia Maria Alice.
Depois de se aposentar, em 1995, Maria Alice continuou envolvida com crianças, montando uma escola de educação infantil. Com a doença da mãe retornou para Antonina, onde tudo começou. Montou um bar na cidade, onde, semanalmente, podia ser ouvida interpretando as canções que aprendeu com na família extremamente musical. A aventura durou quatro anos. Hoje, além de se dedicar ao Boi Barroso, a produtora, maestrina e puxadora das cantigas do fandango, criou um grupo de serestas que alegra as noites do povo antoninense percorrendo as ruas emolduradas pelo casario antigo, revivendo as antigas serenatas.Capitaneadas por Maria Alice, costureiras e bordadeiras de Antonina dedicam boa parte das suas horas livres na confecção das fantasias coloridas que alegram o desfile do bloco. São 350 componentes e perto de 30 no batuque. Alugando a fantasia, qualquer pessoa pode participar do desfile, só precisa ter vontade e alegria. Diz a lenda que é no Carnaval que o boi Barroso, graças ao cânticos e brincadeiras da festa, ressuscita - depois de ter sua língua retirada e dada como presente por um apaixonado à sua amada – voltando para alegrar o povo. O folguedo do boi contempla a essência da filosofia de vida da nossa professora Maria Alice, marcada pela alegria, disposição e amor ao próximo.
Fonte: Notícias - Fundação Copel
Colaboração: Kleise
Nerval Pedro diz:
ResponderExcluirTudo o que foi dito dessa mulher eu assino em baixo. Maria Alice foi também organizadora em nossa juventude do primeiro conjunto musical que embalava as noites antoninenses. Falar da Maria Alice, gastaríamos aqui páginas e páginas de arquivo. Sou teu fã de carteirinha, e agradecemos aos céus por ter nos dado essa esplêndida mulher.
Parece que eu vi a data de 1920... É coisa muito velha... Precisa jogar fora... Antonina precisa de coisas modernas, como rafting, canoagem.... Maria Alice, cuidado que tem gente na prefeitura que vai dizer que TUA MARAVILHOSA DEDICAÇÃO A ANTONINA é prejudicial ao turismo da cidade ...
ResponderExcluirreclamar funciona.
ResponderExcluira estação ferroviária voltou a ficar limpa, E SEM AQUELE INDECENTE FOGÃO PRA CAFEZINHO QUE ESTAVA NO SAGUÃO.
Limpeza e ordem era o mínimo que se podia esperar em um dos prédios mais lindos da cidade.
ResponderExcluirmas a estação continua morta, sem vida.
QUANDO É QUE A ADLÉIA E SUA ANTIGA EQUIPE VAI VOLTAR PRA DAR VIDA E ALEGRIA AO PRÉDIO DA ESTAÇÃO E AOS TURISTAS QUE O VISITAM?
Não se deve esquecer o esforço dispendido pelo
ResponderExcluirtrio: Vera Lucia, Angela e Betty na questão da
reorganização do Bloco do Boi Barrozo. Todo o
reerguimento desse bloco folclórico é resultado
de muito esforço realizado pelas senhoras citadas. O sucesso da apresentação do Boi Barroso é resultado também de um trabalho de equipe!
Nisso se inclue a presença maravilhosa e estimulante dos turistas que
fortaleceu o ânimo de todas as pessoas desejosas de ver o seu trabalho reconhecido. Foram dias e noites gastos no trabalho de confeccção das fantasias e instrumentos. Às pessoas que colaboraram na montagem das fantasias; os mais sinceros agradecimentos!
Deu a louca em quem fez a matéria...
ResponderExcluirPapagaio como milho e periquito leva a fama.
Gostaria de saber dessa senhora porque meu filho e meus sobrinhos que estudam em uma escola municipal,e são de turmas diferentes estão fazendo as aulas de educação física juntos?
ResponderExcluirMais algumas perguntas:
*Que aproveitamento terá uma aula de educação física onde o professor está visando o seu lado e não o dos alunos?
*Cadê as Coordenadoras e Diretoras dessas escolas que permitem que isso aconteça?
*Que didática é essa?
Concordo plenamente com o Anônimo acima, 1920 já faz muito tempo, acho que esse patrimônio histótico já deu o que tinha que dar...
É melhor ela cuidar só do boi que já está de bom tamanho.
O, caramba, voce aí de cima, entenda a ironia das palavras. Patrimônio histórico não se consome. É cultura. É testemunho. Testemunho não acaba. Boi barroso, prédios históricos, ruas de pedra,cultura popular,etc... tudo isso em conjunto é a própria alma de Antonina, ou melhor, é seu corpo vivo.
ResponderExcluirVá, vá, na conversa de 'estrangeiras' que querem fazer de Antonina, uma 'alma de ninguém"... Gente, parem de 'jogar no lixo' o veio de ouro que Antonina tem!!! CONSERVEM SEU PATRIMÔNIO CULTURAL E SEU PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO-HISTÓRICO!!!
"... o negócio é acrescentar e não dividir..."
ResponderExcluirmania de antoninense 'jogar as coisas fora' só porque tem outro antoninense, desafeto, cuidando.... isso é 'cortar a própria corda' que não deixa todo mundo ir pro abismo...
ADLÉIA, MANIFESTE-SE:- A PALAVRA É SUA...
ResponderExcluirMOTORISTAS DA EDUCAÇÃO:
ResponderExcluirACORDA POVO,ESSA SENHORA MARIA ALICE ESTÁ QUERENDO MUITO MAIS ESPAÇO DO QUE JÁ TEM,CHEGA DE OFERECER MIMOS A ELA,JÁ NÃO BASTOU NA ADM.PASSADA
E AGORA TAMBÉM,COMO ANDA FAZENDO COMNDUZINDO E MANIPULANDO A ROSANE NA SECR.DE EDUCAÇÃO;PORRRR FAÇAM ELA FICAR EM CASA OU IR EMBORA DE VEZ.
Neuton,
ResponderExcluirEstou deverasmente chateada pelos comentários aqui lidos. Se eu te enviei essa matéria era apenas pq falava de Antonina e de uma pessoa que é antoninense e que vive aqui na cidade. Nunca imaginei que pessoas fossem deturpar a matéria, principalmente por pessoas anônimas. Não foi a minha intenção de maneira nenhuma, que essas pessoas se aproveitassem disso para denegrir a pessoa e a imagem da Maria Alice.
Acho que tem outras matérias aqui postadas no blog, que se esses anônimos querem esculachá-la, que o façam, não tenho nada com isso.
Enviei essa matéria que saiu no site da Fundação Copel porque falava de uma pessoa da cidade, filha de Antonina. Se para algumas pessoas ela não é nada, na Fundação Copel ela vale alguma coisa, e muito.
....Kleise, considere as manifestações positivas, em que a matéria e a referida pessoa são tratadas com muito apreço.
ResponderExcluirO debate sempre é bom, na medida em que permite ver a verdadeira luz das coisas e dar razão pra quem a tem.
O grupo que fêz e faz o bloco do boi barroso merece elogios de toda Antonina, pois essa expressão cultural é uma pequena parte da alma viva de nossa cidade.
Gostaria que alguém, a Profª Maria Alice, ou a Profª Kleise, que informasse a história do Bloco do Boi Barroso (de Antonina)quando realmente foi fundado e se era bloco de relevância em nosso carnaval.
ResponderExcluirManoel pEREIRA nETO
Maria Alice não precisas provar nada, so a sua dedicacao e carinho por Antonina, jã diz tudo acredito que grande contigente da populacao Antoninense reconhece o seu trabalho de anos. Não esmoreca segue com teu entusiasmo. Nos Antoninenses mesmo a distancia estamos contigo.
ResponderExcluirCarlos R. Abreu Florianopolis/SC